
Um decreto sobre a
formação de sacerdotes publicado nesta quarta-feira pelo Vaticano
recorda a exigência de abstinência sexual e a proibição de homossexuais
no exercício do sacerdócio. “A Igreja, respeitando as pessoas
envolvidas, não pode admitir no seminário e nem nas ordens sagradas os
que praticam a homossexualidade, apresentem tendências homossexuais
profundamente enraizadas ou apoiem o que se conhece como cultura gay”,
destaca o documento, publicado nesta quinta-feira pelo Osservatore
Romano, diário oficial do Vaticano.
Este novo guia
completo, aprovado pelo Papa, atualiza uma versão emitida há 46 anos,
mas a não admissão de padres com tendências homossexuais foi tratada
pela Igreja Católica em 2005. O documento faz exceção para as
“tendências homossexuais que sejam unicamente a expressão de um problema
transitório como, por exemplo, uma adolescência ainda não terminada”.
O documento
recorda a necessidade de uma “imposição voluntária da continência”.
Seria “gravemente imprudente admitir o sacramento a um seminarista que
não haja atingido uma afetividade madura, serena e livre, casta e fiel
ao celibato”, determina o decreto, acrescentando que os futuros padre
também necessitam compreender “a realidade feminina”.
“Tal conhecimento e
aquisição de familiaridade com a realidade feminina, tão presente nas
paróquias e em muitos contextos eclesiais, é conveniente e essencial
para a formação humana e espiritual do seminarista”, diz o documento.
Após o escândalos
sobre abusos sexuais, o guia possui um artigo destinada à “proteção dos
menores”. Segundo o documento, no programa de formação inicial de
sacerdotes serão inseridos lições, seminários ou cursos para transmitir
de maneira adequada a proteção de menores de idade, “dando ênfase nas
áreas de possível exploração ou violência, como, por exemplo, o tráfico
de crianças, o trabalho infantil e o abuso sexual”.
O guia aborda
numerosos temas, como a revolução digital: “é necessário observar a
prudência que se impõe quanto aos riscos inevitáveis de se frequentar o
mundo digital, incluindo as diferentes formas de dependência que se
possam tratar por meios espirituais e psicológicos adequados”.
Ao mesmo tempo, “é
oportuno que as redes sociais formem parte da vida cotidiana do
seminário”, pois convém aproveitar “as possibilidades das novas relações
interpessoais, de encontro com os demais, de confrontação com o próximo
e de testemunho da fé”.
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