Estados Unidos anunciam sanções à Rússia e expulsam agentes de inteligência
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| Barack Obama na Casa Branca: presidente anunciou série de sanções contra a Rússia - (Foto: Saul Loeb/AFP) |
Os
Estados Unidos anunciaram nesta quinta-feira (29) uma série de sanções à
Rússia por “sabotagem a processos e instituições eleitorais”. Entre as
medidas, está a expulsão de 35 agentes de inteligência russos em
Washington e San Francisco e o fechamento de dois complexos dos serviços
de inteligência da Rússia em Nova York e Maryland.
O
presidente Barack Obama divulgou uma declaração sobre as medidas. Ele
lembrou que sua administração avisou em outubro que a Rússia levou
adiante ações que pretendiam interferir no processo eleitoral americano
de 2016. Segundo ele, “o roubo de dados e a exposição de informações
durante a eleição só podem ter sido coordenados pelos níveis mais
elevados do governo russo”.
Ele
disse, ainda, que os diplomatas americanos viveram “um nível
inaceitável de assédio” em Moscou por parte dos serviços de segurança
russos e pela polícia ao longo do último ano (leia a íntegra da declaração de Obama, em inglês).
Além
de fechar os dois complexos de inteligência e expulsar os 35 agentes,
os EUA puniram nove entidades e indivíduos, incluindo o GRU e o FSB,
dois serviços de inteligência russos, quatro funcionários do GRU e três
empresas que forneciam suporte para a GRU. A Secretaria do Tesouro
também identificou dois russos que usaram meios cibernéticos para se
apropriar de fundos e informações pessoais.
O
governo americano declarou que não vai parar por aí e vai continuar a
tomar uma série de medidas contra a Rússia, algumas das quais não serão
tornadas públicas.
Interferência na eleição
Obama
afirmou que as ações são uma resposta apropriada aos “esforços para
danificar interesses dos EUA violando normas internacionais de
comportamento”. O presidente disse que todos os americanos deveriam se
alarmar pelas ações da Rússia.
Segundo
Obama, sua administração vai providenciar um relatório para o Congresso
nos próximos dias sobre “os esforços russos para interferir em nossa
eleição, bem como uma ciberatividade maliciosa relacionada ao nosso
ciclo eleitoral em eleições anteriores”.
O
presidente afirmou que os EUA e seus aliados devem trabalhar juntos
para se opor aos esforços russos “para enfraquecer as normas
internacionais estabelecidas de comportamento e interferir em governos
democráticos”.
Um
alto funcionário americano, que deu entrevista à Reuters pedindo
anonimato, disse à agência que os agentes de inteligência expulsos terão
72 horas para deixar o país. O acesso aos dois complexos será negado a
todos os funcionários russos ao meio-dia de sexta-feira, acrescentou.
Ele afirmou que os russos que estão sendo expulsos exerciam atividades “não compatíveis” com a diplomacia.
G1

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