'Minipacote': Michel Temer lançará programa de R$ 1,3 bi para manter empregos

Trata-se da versão permanente, revista e ampliada do
PPE (Programa de Proteção ao Emprego), lançado na gestão Dilma Rousseff
(PT) em junho do ano passado. O programa permite a redução da jornada de
trabalho em até 30%, com redução também do salário em igual proporção. A
metade do desconto no salário – que também pode chegar a 30% – é
bancada pelo FAT (Fundo de Amparo ao Trabalhador).
As demais
medidas envolvem ações nas áreas regulatórias, de crédito e
competitividade, com o objetivo de melhorar o ambiente de negócios.
Temer e aliados ficaram preocupados não apenas com o potencial dos
vazamentos das delações envolvendo os ex-dirigentes da empreiteira, mas
também com a pesquisa Datafolha que mostrou aumento da impopularidade do
governo.
Delações
O cronograma para divulgação foi
acelerado para tentar neutralizar o impacto do vazamento da delação
premiada do ex-diretor de Relações Institucionais da Odebrecht Cláudio
Melo Filho. Nos depoimentos, o ex-executivo afirmou que Temer pediu
dinheiro da Odebrecht. O presidente rechaçou as declarações do
ex-diretor e disse que todas as doações feitas pela empreiteira ao PMDB
foram declaradas ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
A
operação para tentar reduzir os estragos da delação ganhou força
sobretudo diante dos sinais de descontentamento dados pela própria base
do governo. O receio é de que o clima desfavorável prejudique a
tramitação da PEC da Previdência, que começa a ser discutida na Câmara
nesta semana.
O líder do PSD na Câmara, deputado Rogério Rosso
(PSD-DF), disse que o governo deve lançar ainda nesta semana um pacote
de oito medidas para geração de emprego e estímulo à atividade
econômica.
Cronograma
A equipe do ministro da
Fazenda, Henrique Meirelles, defendia que essas medidas só começassem a
ser anunciadas em janeiro. Ele trabalha em propostas regulatórias para
facilitar a renegociação de dívidas das empresas, mas sem que seja
adotada nenhuma ação que coloque em risco a saúde dos bancos.
Já o ministro do Planejamento, Dyogo Oliveira, analisa alterações em marcos legais para tentar melhorar o ambiente de negócios.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Uol
Nenhum comentário:
Postar um comentário