Lula diz que Lava Jato virou perseguição para evitar sua candidatura em 2018
Após
o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva virar réu, nesta segunda
(19), em mais uma ação no âmbito da Lava Jato, o Instituto Lula publicou
um comunicado no qual diz que a operação virou uma perseguição ao
petista com o objetivo de evitar sua candidatura à Presidência em 2018. O
ex-presidente é réu em cinco processos.
“O ex-presidente Lula
nunca solicitou vantagens indevidas e sempre agiu dentro da lei antes,
durante e depois da presidência da República. A Lava Jato, que começou
investigando desvios na Petrobras, se tornou uma perseguição ao
ex-presidente Lula, aceitando ações capengas e sem provas sobre um
apartamento que o ex-presidente aluga e um terreno que jamais foi pedido
ou usado pelo Instituto Lula para justificar uma perseguição política
que tem como objetivo impedir que Lula seja candidato em 2018”, diz o
texto, publicado na página de Lula no Facebook.
Ainda de acordo
com a nota, o Instituto Lula diz “que nunca teve outra sede a não ser o
sobrado onde funciona até hoje, adquirido em 1990 pelo Instituto de
Pesquisas e Estudos do Trabalhador (IPET)”, sempre recebendo “doações
legais, declaradas e dentro da lei.”
Nesta segunda, o juiz federal
Sérgio Moro aceitou denúncia do MPF (Ministério Público Federal) na
qual Lula é acusado dos crimes de corrupção passiva e de lavagem de
dinheiro por contratos firmados entre a Petrobras e a construtora
Norberto Odebrecht S/A. Segundo o MPF, o ex-presidente foi “responsável
por comandar uma sofisticada estrutura ilícita para captação de apoio
parlamentar, assentada na distribuição de cargos públicos na
administração federal”.
‘Ânsia desmesurada’
Cristiano Zanin Martins, um dos advogados de Lula, divulgou nota na qual diz que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva “jamais foram beneficiados por qualquer dos dois imóveis indicados na denúncia e muito menos receberam qualquer vantagem indevida proveniente de contratos firmados pela Petrobras”.
Cristiano Zanin Martins, um dos advogados de Lula, divulgou nota na qual diz que Lula e a ex-primeira-dama Marisa Letícia Lula da Silva “jamais foram beneficiados por qualquer dos dois imóveis indicados na denúncia e muito menos receberam qualquer vantagem indevida proveniente de contratos firmados pela Petrobras”.
No mesmo texto, Zanin afirma que
o advogado Roberto Teixeira, seu sócio e amigo de Lula, “agiu sempre
dentro do estrito dever profissional e com a observância de todos os
deveres éticos inerentes à profissão.”
Segundo Martins, a decisão
de Moro mostra que “agentes do Estado, sem qualquer isenção, usam
processos judiciais para perseguir Lula, seus familiares e advogados”,
com “ânsia desmesurada e crescente de prover acusações a Lula em tempo
recorde.”
Marisa e Teixeira também viraram réus, por lavagem de
dinheiro, na mesma ação aberta por Moro após a aceitação da denúncia do
MPF. Os outros réus no processo são o empresário Marcelo Odebrecht,
acusado da prática dos crimes de corrupção ativa e lavagem de dinheiro, o
ex-ministro Antonio Palocci e seu ex-assessor Branislav Kontic,
denunciados pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e
Paulo Melo, Demerval Gusmão e Glaucos da Costamarques, acusados de
lavagem de dinheiro.
UOL
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