Sobrevivente da tragédia com avião, goleiro tem perna amputada em hospital
Um
dos seis passageiros resgatado com vida após a queda do avião da
Chapecoense em Medellín, o goleiro Jackson Follmann teve uma das pernas
amputadas em decorrência do acidente. A informação é da repórter Lívia
Laranjeira, do SporTV. Além do jogador de 24 anos, outros dois atletas
do elenco da equipe catarinense estão internados em hospitais da região:
o zagueiro Neto e o lateral Alan Ruschel. Em função do acidente, a
final da Copa Sul-Americana contra o Atlético Nacional foi suspensa. O
primeiro jogo seria disputado nesta quarta.
Em Boa Vista do Buricá, no Noroeste do Rio Grande do Sul, familiares do jogador agradeciam pelo milagre após receber notícias de que Follman estava vivo.
–
Em um acidente de avião, você sabe que a chance de sobrevivência é
praticamente zero. Então, ele estar entre os sobreviventes é um milagre
de Deus. A gente só está numa agonia para saber o estado de saúde dele,
não sabe nada por enquanto. Se sabe que ele está no hospital – disse o
pai do atleta, Paulo Follmann, em entrevista ao G1.
– A gente
acordou com uma ligação da noiva dele, que tinha acontecido esse
acidente. Na hora meu marido entrou em choque, ficou apavorado. Eu
também. A gente fica sem chão, mas coração de mãe nunca se engana. Meu
coração dizia que Deus estava protegendo ele, que ele estava bem –
acrescentou a mãe, Marisa.
Reserva de Danilo, Follmann foi
contratado em maio pela Chapecoense como reforço para o Campeonato
Brasileiro. No Rio Grande do Sul, Follmann jogou no Juventude e no
Grêmio. Além dos jogadores, o jornalista Rafael Henzel e os comissários
de bordo Erwin Tumiri e Ximena Suarez também foram resgatados com vida.
Pela lista oficial das autoridades colombianas, 81 pessoas estavam a
bordo.
A delegação da Chape saiu de Guarulhos para Bolívia em voo
comercial com 72 passageiros e nove tripulantes. Após escala técnica,
deixou Santa Cruz de La Sierra em direção a Medellín. Quando sobrevoava a
região de Antióquia perdeu contato com o aeroporto, que confirmou o
acidente. A causa do acidente teria sido uma pane elétrica. Ainda de
acordo com a imprensa local, o piloto teria liberado combustível para
evitar explosão após o pouso forçado.
O local da queda do avião é
de difícil acesso. Além disso, o mau tempo na região metropolitana de
Medellín, além da baixa temperatura – 5º C durante a madrugada,
atrapalhou ainda mais o resgate. De acordo com informações fornecidas
pelo aeroporto José Maria Córdova, a aeronave perdeu contato com a torre
de controle às 21h33 locais (0h33 de Brasília) e caiu às 22h15 (01h15
de Brasília).
Globo
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