sábado, 19 de novembro de 2016

O 'time' de Trump

Conheça os homens e as mulheres fortes de Donald Trump, presidente eleito dos EUA

trump
Enquanto o presidente eleito dos Estados Unidos Donald Trump prepara sua transição para a Casa Branca, vale a pena conhecer os familiares e personagens que fazem parte de seu time e que podem assumir cargos importantes durante o seu mandato, que começa no ano que vem.
OS POLÍTICOS
Mike Pence – Vice-presidente eleito
 O governador do Estado de Indiana, de 57 anos, é o responsável por liderar a equipe que decide quem ocupará papéis-chave na nova administração.
Ele é o preferido entre conservadores que conhecem bem a dinâmica do poder em Washington, capital do país.
Pence cresceu em uma família católica ao lado de cinco irmãos em Columbus, Indiana, e costuma dizer que se inspira em ícones liberais como John Kennedy e Martin Luther King Jr.
O político é conhecido por sua oposição firme contra o aborto. Em março, assinou um projeto de lei para proibir a prática a partir de critérios como deficiência, gênero e raça do feto em Indiana.

Vice de Trump, Pence já ocupou o terceiro posto mais alto do Partido Republicano
Vice de Trump, Pence já ocupou o terceiro posto mais alto do Partido Republicano
Foto: EPA / BBCBrasil.com
Ele já disse que defenderia a derrubada de uma decisão da Suprema Corte de 1973, conhecida como o caso Roe versus Wade, que tira do governo americano o poder de proibir abortos no país.
Defensores dos direitos das mulheres criaram campanhas online contra as posições de Pence, incluindo mutirões de ligações para seu escritório e pedidos de doação para organizações de direitos reprodutivos feitos seu nome.
Ele já foi presidente da Conferência Republicana, o terceiro posto de liderança mais alto do partido. Também liderou o Grupo de Estudos Republicanos, uma coalisão de republicanos conservadores, o que o fez ganhar prestígio entre algumas lideranças evangélicas que questionaram a “pureza ideológica” de Trump, segundo informa Anthony Zurcher, repórter da BBC nos EUA.
Jeff Sessions – Ministro da Justiça
O senador do Alabama, de 67 anos, foi um dos aliados mais próximos de Trump na campanha, mas apoiou a invasão dos EUA ao Iraque em 2003, classificada por Trump recentemente como uma “estupidez terrível”.
No Senado, Sessions faz parte dos comitês Judiciário, de Orçamento e de Serviços Armados (responsável por monitorar a capacidade militar do país). Ao longo de toda a sua carreira, acumulou acusações de racismo.
Ele foi derrotado em um julgamento federal em 1986, quando ex-colegas disseram que ele usava termos pejorativos contra negros e que teria feito piadas sobre a Ku Klux Klan, dizendo que “achava que eles eram ok, até saber que fumavam maconha”.
Também foi acusado de chamar um assistente negro do Ministério da Justiça de “garoto” e de classificar a Associação Nacional para o Desenvolvimento da População de Não-Branca como “não-americana” e “inspirada no comunismo”.

Sessions foi um dos aliados mais próximos de Trump na campanha
Sessions foi um dos aliados mais próximos de Trump na campanha
Foto: Kevin Hagen / Getty Images
Mike Pompeo – Diretor da CIA
O congressista linha-dura deve se tornar o novo chefe da espionagem americana. Pompeo recebeu o convite para a direção da agência de inteligência mesmo tendo apoiado Marco Rubio, adversário de Trump nas primárias da disputa presidencial.
Adepto do movimento conservador Tea Party, o republicano de Wichita, Kansas, é um crítico ferrenho do acordo nuclear da gestão Obama com o Irã e defendeu o polêmico programa de coleta de dados em massa da Agência Nacional de Segurança.

Congressista linha-dura deve assumir posição mais importante da segurança nacional
Congressista linha-dura deve assumir posição mais importante da segurança nacional
Foto: Win McNamee / Getty Images
Pompeo é contrário ao fechamendo da prisão de Guantanamo e, depois de visitar o local em 2013, afirmou que alguns detentos que faziam greve de fome pareciam ter engordado.
Michael Flynn – Conselheiro de Segurança Nacional
Ele teria ajudado na aproximação entre veteranos de guerra e Trump, que não serviu nas forças armadas. Entre 2012 e 2014, o general dirigiu a Agência de Defesa e Inteligência, uma agência de espionagem, mas afirma que foi expulso por conta de suas visões sobre radicais islâmicos.
Em fevereiro, ele disse no Twitter que o “medo de muçulmanos é racional”. Também publicou o livro The Field of Fight: How We Can Win the Global War Against Radical Islam and Its Allies (“O campo de batalha: como podemos ganhar a guerra global contra o islamismo radical e seus aliados”, em tradução livre).

General aposentado foi o principal conselheiro de Trump sobre segurança durante a campanha
General aposentado foi o principal conselheiro de Trump sobre segurança durante a campanha
Foto: Drew Angerer / Getty Images
Flynn foi durante toda a vida um membro registrado do partido Democrata. O general de três estrelas aposentado foi o principal conselheiro de Trump sobre segurança durante a campanha e teria aceito o mesmo cargo na gestão do novo presidente cantando “lock her up” (“prenda-a”) em referência à candidata Hillary Clinton em comícios do republicano.
Na campanha, ele condenou a postura da gestão Obama em relação ao grupo autodenominado Estado Islâmico. Flynn defende uma aproximação entre Estados Unidos e Rússia no combate ao grupo e já foi criticado por aparições repetidas na RT, televisão estatal russa.
Reince Priebus – Chefe de Gabinete
Priebus tem 44 anos e, como líder do Comitê Nacional Republicano, fez a ponte entre Trump e os poderosos do partido, que torciam o nariz para o então candidato.
Mas ele nunca teve um cargo eletivo e não tem experiência política na Casa Branca – seu papel será fazer a ligação entre diferentes áreas do governo.

Priebus nunca teve um cargo eletivo e não tem experiência política na Casa Branca
Priebus nunca teve um cargo eletivo e não tem experiência política na Casa Branca
Foto: Joe Raedle / Getty Images

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