Senado Federal pode votar PEC 55 e reforma política ainda esta semana
As
discussões em torno das propostas de emenda à Constituição (PEC) que
estipulam um teto para os gastos públicos pelos próximos 20 anos (PEC
55) e da reforma política (PEC 36) serão os assuntos mais importantes em
pauta no Senado nesta semana. As votações, uma na Comissão de
Constituição e Jutstiça (CCJ) e outra no plenário, ocorrerão na próxima
quarta-feira (9), conforme cronograma definido pelo presidente da Casa,
Renan Calheiros (PMDB-AL), em acordo com lideranças partidárias.
A
PEC do Teto de Gastos teve parecer pela aprovação sem emendas
apresentado na última terça-feira (1º) pelo relator, senador Eunício
Oliveira (PMDB-CE), na CCJ do Senado. O relatório está sob vista
coletiva e será discutido em audiência pública nesta terça-feira (8),
quando serão ouvidos dois especialistas convidados pela oposição e dois
pelos governistas. Na quarta-feira, a comissão deve discutir e votar a
PEC.
Já a PEC da Reforma Política (PEC 36), de
autoria dos senadores Aécio Neves (PSDB-MG) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES),
deve ser o único tema apreciado pelo plenário do Senado na
quarta-feira. A proposta estabelece o fim das coligações partidárias e
da cláusula de barreira para os partidos políticos terem acesso a tempo
de televisão e rádio.
A PEC 36 é a primeira
proposição relacionada à reforma política a ser apreciada pelo Congresso
Nacional após o acordo entre os presidentes da Câmara e do Senado para
um novo esforço no sentido de fazer a reforma.
Outros projetos
Antes
desses temas, no entanto, o Senado já estará movimentado pela
apresentação, na terça-feira, do projeto de lei para abertura de novo
prazo para a repatriação de recursos não declarados enviados ao exterior
por brasileiros.
O projeto será apresentado pelo
presidente Renan Calheiros, que disse ter discutido a reabertura do
prazo com o presidente da República, Michel Temer. Eles esperam aumentar
a arrecadação com a repatriação, que ficou em R$ 60 bilhões referentes
aos que aderiram dentro do último prazo estabelecido, encerrado no dia
31 de outubro.
Também na terça-feira, o plenário do
Senado deverá analisar e votar o projeto de lei que altera algumas
regras sobre audiências de custódia de presos. Uma das regras
estabelecidas pelo texto prevê que, após preso em flagrante, o indivíduo
deverá ser conduzido à presença de um juiz em até 24 horas, assistido
por advogado ou defensor público.
Se
houver impossibilidade de que o juiz realize a audiência dentro do
prazo, o delegado deverá recolher um recibo do servidor da Justiça e
comunicar imediatamente ao Ministério Público, à Defensoria Pública e,
se for o caso, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Agência Brasil
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