Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, estende pela 5ª vez estado de exceção econômica
O
presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, estendeu neste domingo pela
quinta vez o chamado decreto de “estado de exceção e emergência
econômica” por mais 60 dias, uma norma que deve ser enviada ao
parlamento para sua aprovação, embora o Legislativo já a tenha rejeitado
em suas extensões anteriores.
“Procedo constitucionalmente a
prorrogar o estado de exceção e emergência econômica em todo o
território nacional para seguir governando a guerra econômica, para
seguir governando a crise”, disse Maduro durante seu programa semanal de
televisão.
O presidente venezuelano detalhou que
esta decisão será publicada no Diário Oficial e que a prorrogação será
de 60 dias, com o que o estado de exceção completará um ano de vigência,
“para seguir governando e enfrentando a situação econômica e apoiando
nosso povo”.
A declaração de emergência econômica
permite a Maduro, entre outras atribuições, dispor de recursos sem
controle do parlamento, assim como de bens e mercadorias de empresas
privadas para garantir o abastecimento, além de restringir o sistema
monetário e o acesso à moeda local e estrangeira.
O
decreto foi iniciado desde o último dia 14 de janeiro apesar da
desaprovação da Assembleia Nacional (AN, parlamento), de maioria
opositora.
Desde que se emitiu o decreto e nas quatro
extensões anteriores, o Legislativo argumentou que a norma desconhece a
Constituição e “a dor das famílias venezuelanas” diante da escassez de
alimentos, remédios e outros produtos básicos, além da inflação
galopante.
No entanto, a Corte Suprema de Justiça
(TSJ) declarou em todas as oportunidades anteriores a
constitucionalidade do decreto que, segundo disse, responde à
necessidade de proteger os cidadãos e as instituições “de ações que
pretendem desestabilizar a economia e a ordem social do país”.
Terra

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