A TENACIDADE, PERSEVERANÇA, INTELIGÊNCIA E HUMILDADE DA FORMIGA
Por Presbítero André Sanchez
Certa
vez, um homem viu uma formiga que carregava uma enorme folha. A formiga
era pequena e a folha devia ter, no mínimo, dez vezes o tamanho dela.
A
formiga a carregava com sacrifício. Ora a arrastava, ora a tinha sobre
a cabeça. Quando o vento batia, a folha tombava, fazendo a formiga cair
também. Foram muitos os tropeços, mas nem por isso a formiga desanimou
de sua tarefa.
O
homem a observou e acompanhou, até aonde aquela formiguinha conseguiria
levar sua folha. Logo a formiguinha chegou próximo de um buraco, que
devia ser a porta de sua casa.
Foi quando aquele homem pensou:
“Até que enfim ela terminou seu empreendimento! Coitada!”. Mera ilusão.
Na verdade, havia apenas terminado uma etapa. A folha era muito maior
do que a boca do buraco, o que fez com que a formiga a deixasse do lado
de fora para, então, entrar sozinha.
Foi
aí que o homem pensou: “Coitada, tanto sacrifício para nada.” Passado
alguns minutos, para a surpresa daquele homem saíram do buraco outras
formigas, que começaram a cortar a folha em pequenos pedaços.
Elas
pareciam alegres na tarefa. Em pouco tempo, a grande folha havia
desaparecido, dando lugar a pequenos pedaços que rapidamente foram
levados para dentro do buraco.
Imediatamente, o homem começou a
refletir sobre suas experiências, de quantas vezes, ele havia desanimado
diante do tamanho das tarefas ou dificuldades.
Talvez, se a
formiga tivesse olhado para o tamanho da folha, nem mesmo teria começado
a carregá-la. Isto fez com que aquele homem transformasse aquela
reflexão em oração ao Senhor. Ele orou:
– Senhor, dá-me a tenacidade daquela formiga, para “carregar” as dificuldades do dia-a-dia.
– Dá-me a perseverança da formiga, para não desanimar diante das quedas.
– Dá-me a inteligência, a esperteza dela, para dividir em pedaços o fardo que, às vezes, se apresenta grande demais.
– Dá-me a humildade para partilhar com os outros o êxito da chegada, mesmo que o trajeto tivesse sido solitário.
–
Dá-me a graça de, como aquela formiga, não desistir da caminhada, mesmo
quando os ventos contrários me fazem virar de cabeça para baixo, mesmo
quando, pelo tamanho da carga, não consigo ver com nitidez o caminho a
percorrer.
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