Ministério Público Federal denuncia 26 pessoas físicas e jurídicas por desastre em Mariana
Distrito de Bento Rodrigues foi devastado pela lama, em Mariana, no estado de Minas Gerais |
O
Ministério Público Federal em Minas Gerais denunciou 26 pessoas fisícas
e jurídicas pelo rompimento da Barragem de Fundão, da Samarco, em
Mariana, na Região Central do estado. Dentre as denúncias, 21 pessoas
são acusadas de homicídio doloso – quando há intenção de matar. Os
procuradores da República apresentaram a conclusão das investigações
nesta quinta-feira (20), em Belo Horizonte.
Dentre os denunciados
por homicídio estão Ricardo Vescovi, diretor-presidente licenciado da
Samarco, Kléber Terra, diretor-geral de operações, três gerentes
operacionais da empresa, 11 integrantes do Conselho de Adminsitração da
Samarco e 5 representantes da Vale e BHP Billiton, donas da Samarco, na
governça da mineradora. Eles também são acusados dos crimes de
inundação, desabamento, lesão corporal e crimes ambientais.
A
barragem se rompeu no dia 5 de novembro de 2015, destruindo o distrito
de Bento Rodrigues, em Mariana e atingidos vários distritos e cidades.
Os rejeitos também atingiram mais de 40 cidades na Região Leste de Minas
Gerais e no Espírito Santo. O desastre ambiental, considerado o maior e
sem precedentes no Brasil, deixou 19 mortos.
Na conclusão do
inquérito da Polícia Federal, em junho deste ano, oito pessoas e as
empresas Samarco, Vale e VogBR foram indiciadas por crimes ambientais e
danos contra o patrimônio histórico e cultural.
Foram indiciados:
Ricardo Vescovi, diretor-presidente licenciado, Kléber Terra,
diretor-geral de operações, Germano Lopes, gerente-geral de projetos,
Wagner Alves, gerente de operações, Wanderson Silvério, coordenador
técnico de planejamento e monitoramento e Daviely Rodrigues, gerente,
todos da Samarco, Rodrigo de Melo, gerente das usinas do Complexo da
Alegria, da Vale, e Samuel Paes Loures, engenheiro da VogBR.
G1
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