Queda de juros mostra que governo está no caminho certo, diz Ministro da Fazenda
O
ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nessa quarta-feira (19)
que a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central
de reduzir a Selic, taxa básica de juros da economia, sinaliza que o
governo está no caminho certo para trazer a inflação para o centro da
meta de 4,5%, estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN).
Meirelles ressaltou, ainda, que foi uma decisão autônoma do Banco Central.
“Não
há dúvida de que, se o Banco Central decidiu fazer isso, foi porque,
após análise criteriosa, viu a possibilidade de começar o processo de
flexibilização da política monetária. Se o BC assim concluiu, significa
que há condições para isso e que, portanto, é positivo [reduzir os
juros]”, disse o ministro. O Copom reduziu a taxa básica em 0,25 ponto
percentual, para 14% ao ano. É a primeira redução da Selic em quatro
anos.
Henrique Meirelles também comentou a incerteza sobre o
retorno, ou não, da proposta que altera a Lei de Repatriação à pauta da
Câmara dos Deputados. Hoje, após café da manhã com o presidente da
República em exercício, Rodrigo Maia, alguns líderes da base aliada
disseram que havia possibilidade de nova tentativa de aprovação. Mais
tarde, no entanto, Maia negou que o projeto tenha voltado à pauta e
disse que “não tem nada resolvido” sobre se isso ocorrerá.
“A
nossa recomendação é que o Congresso decida isso o mais rápido possível.
O importante é dar segurança jurídica para o país. A Receita tem
recebido um número crescente de declarações e é importante para os
estados e municípios, que repartem a arrecadação [da repatriação com o
governo federal]. Não se pode é continuar com a indecisão”, disse o
ministro da Fazenda sobre o assunto.
Meirelles disse também que o
andamento de projetos de interesse do governo está dentro do cronograma.
“A previsão de aprovação da PEC [241, que estabelece um teto para os
gastos públicos] até o final deste ano era a hipótese desde o início. O
Orçamento de 2017 já foi remitido ao Congresso e está nos termos da PEC.
Não há riscos para o ano que vem. Também não há qualquer atraso na
reforma da Previdência. Acreditamos que será votada no correr do ano que
vem. A apresentação da proposta [de reforma ao Congresso], sim, é para
este ano”, disse.
Agência Brasil
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