Em crise, Estados não têm dinheiro para pagar 13º e restante dos salários até dezembro
Em
meio à grave crise fiscal, os governos estaduais já preveem
dificuldades para pagar o 13º e o restante dos salários de servidores
públicos até o fim do ano. Os Estados evitam admitir oficialmente que
não há caixa para pagar o benefício, mas pelo menos sete de 24 unidades
da Federação consultadas pela reportagem reconhecem que não há definição
de como e quando o 13º será depositado na conta de 2 milhões de
servidores.
Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Minas, Bahia,
Distrito Federal, Sergipe e Roraima não teriam, hoje, os recursos para
honrar o compromisso, segundo os secretários de Fazenda. Alguns deles
não conseguirão fazer o pagamento mesmo com a ajuda esperada do governo
federal. Além do socorro do Tesouro, eles contam com a recuperação,
mesmo que mínima, da economia – o que contribuiria para o aumento da
arrecadação.
Os governadores devem se reunir na próxima semana com
o presidente Michel Temer em busca de definição. Eles querem um socorro
de até R$ 8 bilhões, em uma linha emergencial de financiamento. Temer,
porém, sinalizou que qualquer ajuda só deve vir do programa de
repatriação de recursos do exterior.
O Rio, que tem uma das
situações mais difíceis e quer ajuda da União, oficialmente diz que está
estudando alternativas. Mas fontes do governo fluminense afirmam que
não há recursos suficientes para quitar sequer a folha de outubro, mesmo
se o governo não pagasse mais nada fora despesa de pessoal. Caso o
governo atrase o 13º, cerca de 470 mil servidores ativos, inativos e
pensionistas poderiam ser afetados.
Estadão Conteúdo
Nenhum comentário:
Postar um comentário