Jornal Nacional destaca entrega de documentos da OAS que envolvem Vital do Rêgo
Segundo a reportagem, o
ex-presidente da construtora OAS já tinha dito que a propina foi pedida
em uma reunião com os ex-senadores Vital do Rêgo, presidente da CPMI da
Petrobras de 2014, e Gim Argello, que era do PTB e foi vice-presidente
da comissão.
A matéria também destaca que os advogados relembraram
que os senadores teriam pedido R$ 5 milhões para a campanha de Vital do
Rêgo ao governo da Paraíba. Em troca, as investigações contra a OAS na
CPI seriam obstruídas.
Léo Pinheiro, segundo o Jornal Nacional,
disse que, dos R$ 5 milhões que foram pedidos, entregou R$ 2,850
milhões. O empreiteiro detalhou como, segundo ele, foram feitos os
pagamentos e apresentou comprovantes das supostas transferências
bancárias.
Ele afirmou que repassou R$ 350 mil a uma paróquia de
Brasília, R$ 1 milhão ao PMDB Nacional por meio de doação oficial, e R$
1,5 milhão teriam chegado à campanha de Vital do Rêgo via caixa 2.
Léo
Pinheiro disse que lavou o dinheiro usando uma construtora, a Planície,
de Santa Rita, na Paraíba. Além de notas fiscais, ele apresentou
comprovantes de transferência para a conta da Planície. Segundo a
defesa, parte da quantia foi utilizada para viabilizar o pagamento da
vantagem indevida.
Os advogados apresentaram ainda um comprovante de doação de R$ 1 milhão ao PMDB.
Histórico
Vital do Rêgo acabou derrotado na eleição de 2014 para o governo da
Paraíba. Depois da disputa, ele assumiu o cargo de ministro do Tribunal
de Contas da União. Como tem foro privilegiado, está sendo investigado
em Brasília e só pode ser processado no Supremo Tribunal Federal. O juiz
Sérgio Moro vai encaminhar os documentos ao STF. Gim Argello e Léo
Pinheiro estão presos e são réus da Lava Jato em Curitiba.
Versão do ministro
Vital do Rêgo declarou que não recebeu recursos da Planície para sua
campanha eleitoral e que jamais negociou valores relacionados a doações
ilícitas de campanhas ou vantagem pessoal indevida.
O PMDB
declarou que sempre arrecadou recursos seguindo os parâmetros legais;
que as doações de empresas foram de acordo com a Justiça Eleitoral e que
as contas do partido tiveram aprovação do Tribunal Superior Eleitoral.
MaisPB
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