Polícia Federal investiga petista Rui Costa, governador da Bahia, e 2 ex-ministros
Rui Costa, governador da Bahia, é entrevistado por Patrícia França do jornal A Tarde. Fotos Mateus Pereira/GOVBA |
A Polícia Federal realiza uma
operação que investiga o financiamento ilegal de campanhas políticas na
Bahia e fraudes em licitações e contratos no Ministério das Cidades. O
governador da Bahia, Rui Costa (PT), e os ex-ministros das Cidades,
Mário Negromonte (PP), e Márcio Fortes, são investigados. A Operação,
intitulada como Hidra de Lerna, cumpre 16 mandados de busca e apreensão
na Bahia, Distrito Federal e no Rio de Janeiro na manhã desta
terça-feira (4).
Segundo a Polícia Federal, a operação investiga
um grupo criminoso responsável pela possível prática de financiamento
ilegal de campanhas políticas na Bahia e por esquemas de fraudes em
licitações e contratos no Ministério das Cidades.
A operação
também investiga se o esquema de financiamento foi usado na campanha
eleitoral de Rui Costa ao governo do estado. O G1 entrou em contato com a
assessoria do governador informou que não tem informações sobre o
assunto.
A PF esteve no prédio onde mora o conselheiro do Tribunal
de Contas dos Municípios (TCM) e ex-ministro das Cidades pelo Partido
Progressista (PP), Mário Negromonte, em Salvador, na manhã desta
terça-feira. O G1 tentou contato com a assessoria do ex-ministro, mas
ninguém foi localizado. O ex-ministro Márcio Fortes também é um dos
investigados na operação.
Ainda na capital baiana, mandados são
cumpridos na agência de publicidade Propeg, no bairro da Barra, e na
sede do PT, no Rio Vermelho. Não foi divulgado o número total de
mandados no estado. O G1 tentou falar com a Propeg por telefone, mas
ninguém foi localizado na agência.
Os mandados foram deferidos
pela Ministra Maria Thereza Rocha de Assis Moura, do Superior Tribunal
de Justiça, pois os investigados têm foro privilegiado.
O contrato
da Propeg com o Ministério das Cidades foi por meio de uma licitação no
valor de R$ 45 milhões. A polícia trabalha com a suspeita de que os
ex-ministros Mário Negromonte e Márcio Fortes teriam recebido propina
para beneficiar a Propeg neste contrato.
A Operação Hidra de
Lerna, que deriva de três colaborações de investigados na Operação
Acrônimo, já homologadas pela Justiça e em contínuo processo de
validação pela Polícia Federal, tem como origem dois novos inquéritos em
tramitação no STJ e cuja distribuição entre os ministros da corte
ocorreu de forma automática.
Em uma das linhas de investigação, a
suspeita da PF é que os esquemas investigados realizassem triangulações
com o objetivo de financiar ilegalmente campanhas eleitorais.
Segundo
a polícia, “uma empreiteira sob investigação contratava de maneira
fictícia empresas do ramo de comunicação especializadas na realização de
campanhas políticas e remuneravam serviços prestados a partidos
políticos e não à empresa do ramo de construção civil”.
G1
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