Arquidiocese suspende padre e monsenhores ligados a Dom Aldo
A Arquidiocese da Paraíba suspendeu de Ordem, nesta
quinta-feira (29), três padres de João Pessoa que teriam participado do
círculo mais íntimo do poder da Igreja Católica no Estado durante a
gestão de Dom Aldo Pagotto. São eles: Monsenhor Jaelson de Andrade,
Monsenhor Ednaldo Araújo e Padre Severino Lima.
Com a decisão, assinada por Dom Genival Saraiva,
administrador apostólico, os religiosos ficam impedidos de celebrar
missas, realizar batizados e de fazer qualquer outra atividade inerente
ao cargo de padre ou monsenhor.
A suspensão é por tempo indeterminado. Não foram
revelados os motivos da decisão de Dom Genival. Sabe-se, contudo, que a
conduta dos religiosos é investigada pela Arquidiocese da Paraíba por
supostas práticas incompatíveis com o exercício do sacerdócio atribuídas
a Jaelson, Ednaldo e Severino. Um deles seria investigado também pelo
Ministério Público do Trabalho na Paraíba (MPT-PB).
Nos bastidores da Igreja Católica, a notícia circula
desde o início da tarde de hoje. No começo da noite, a informação foi
confirmada ao blog pela Assessoria de Imprensa da Arquidiocese da
Paraíba.
Em setembro do ano passado, o Jornal da Paraíba
publicou reportagem na qual um grupo de padres denunciava relações
sexuais dentro do Mosteiro de São Bento, em Itatuba, fundado por
Monsenhor Jaelson, pároco da Igreja Santo Antônio do Menino Deus, no
bairro dos Bancários, em João Pessoa. Na ocasião, ele negou todas as
denúncias e se disse vítima de ‘armação’.
A suspensão da ordem dos três religiosos acontece
quase três meses após a renúncia de Dom Aldo Pagotto, arcebispo católico
da Paraíba nos últimos dois anos que renunciou ao cargo após sofrer
acusações de que estaria envolvimento em exploração sexual de menores.
Em carta divulgada aos fiéis, o então arcebispo afirmou que se afastava
por motivos de saúde.
ParlamentoPB com Blog de Rubão (por Valéria Sinésio)
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