Donald Trump enfrenta duas novas acusações de assédio sexual e aumenta lista de histórias semelhantes
As novas acusações se somam a uma lista crescente de mulheres que contaram histórias semelhantes
Dois novos relatos de mulheres acusam o candidato presidencial pelo
Partido Republicano, Donald Trump, de má conduta sexual. As novas
acusações se somam a uma lista crescente de mulheres que contaram
histórias semelhantes.
Uma das mulheres, Summer Zervos, disse ter sido vítima de assédio
sexual em 2007, um ano depois de ter participado do programa O Aprendiz,
um reality show que foi apresentado por Donald Trump durante muitos
anos pela rede de televisão americana NBC. Em relato feito ao jornal The
Washington Post, outra mulher – Kristin Anderson, hoje com 46 anos –
diz ter sido tocada por Trump em uma boate em Nova York. Na época,
Kristin tinha 20 anos e tentava ingressar na carreira de modelo.
Em resposta, Donald Trump disse, em um comício nesta sexta-feira (14)
em Greensboro, no estado da Carolina do Norte, que as acusações são uma
“total ficção” e que não passam de “mentiras, mentiras, mentiras". Ele
questionou os motivos do aparecimento de várias acusações de mulheres, a
pouco mais de 20 dias das eleições para presidente dos Estados. As
eleições vão ocorrer no dia 8 de novembro deste ano.
“Acredite em mim, ela não seria minha primeira escolha”, disse Donald
Trump, quando comentou a entrevista de Jessica Leeds, para o jornal The
New York Times. Jessica, hoje com 74 anos, acusou Trump de tê-la
assediado durante um voo para Nova York, na década de 1980, durante
viagem de avião em que ambos estavam sentados, em assentos de primeira
classe, na década de 80 do século passado.
Ele se referiu a Jessica como "aquela mulher horrível". Donald Trump
também criticou a repórter Natasha Sotoynoff, que trabalhou na revista
People, que acusou o empresário tê-la abordado fisicamente durante uma
entrevista. “Confira sua página do Facebook, e você vai entender [quem é
ela]”, disse ele sobre Natasha.
O surgimento de relatos de mulheres com acusações a respeito do
comportamento sexual de Donald Trump está dividindo o Partido
Republicano. Cerca de 40 políticos que integram o partido declararam que
não mais apoiarão o empresário. Desses 40 membros partidários, 30
sugeriram que Donald Trump ceda o lugar de candidato para outro.
Conspiração
Se dentro do Partido Republicano é cada vez maior o número de políticos
que discordam da candidatura de Donald Trump, fora do partido os
conflitos atingem proporções ainda maiores. Os conflitos estão sendo
provocados pelas afirmações de Donald Trump, em comícios durante esta
semana, de que sua candidatura vem sendo combatida por uma conspiração
internacional. De acordo com a teoria conspiratória, o plano tem como
objetivo não só minar sua candidatura, mas a própria soberania
americana.
Em um comício em West Palm Beach, no estado da Flórida, quinta-feira
(13), Trump disse o seguinte: "[A candidata do Partido Democrata]
Hillary Clinton reúne-se em segredo com bancos internacionais para
traçar a destruição da soberania dos Estados Unidos a fim de enriquecer
esses poderes financeiros globais, seus amigos, interesses especiais e
os seus doadores".
E sobre Hillary Clinton, Trump disse no mesmo comício: "Honestamente,
ela deve ser encarcerada. Ela deve ser presa". Ele mencionou Hillary
Clinton e a mídia americana como integrantes da conspiração
internacional. E, no comício em Greensboro, no estado da Carolina do
Norte, nesta sexta-feira (14), ele criticou os jornalistas do The New
York Times, o jornal que entrevistou duas das mulheres que o acusam de
assédio sexual: "Os repórteres do New York Times não são jornalistas.
Eles são lobistas corporativos de Carlos Slim e Hillary Clinton". Carlos
Slim é o bilionário mexicano que individualmente detém o maior número
de ações do The New York Times.
Agência Brasil
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