O erro do enfrentamento do governador Ricardo Coutinho a Michel Temer
O
ímpeto, o rescaldo do impeachment e a estratégia de puxar a oposição
paraibana para a rinha levou o governador Ricardo Coutinho a
praticamente declarar guerra ao Governo Michel Temer, nos últimos dias.
Um
erro de cálculo. No máximo, conseguirá mais dificuldades de
relacionamento com o Governo a quem acusou de golpista, antes e depois
da cassação de Dilma, e o aumentar o fosso de um Estado pobre dos
recursos federais.
Ricardo não precisa, nem de longe, passar a ser
um aliado de Temer e nem muito menos aderir ao projeto do PMDB, em
nível nacional. Mas, a postura bélica contra o novo presidente nada
contribuirá com o Estado e o próprio Coutinho.
No cenário de
crise, poucos Estados com a debilidade econômica da Paraíba atravessarão
esse mar caudaloso sem o auxílio e uma política de boa vizinhança com a
União.
Quem aconselha o governador ao embate esquece que as
pernas da Paraíba são frágeis para agüentar esse terremoto econômico e
que o debate político expirou no dia do impeachment. Agora é hora da
sobrevivência somente possível com diálogo e parcerias. Ainda que
meramente institucionais. Afinal, precisão não tem ideologia.
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