Temer defende programas de saúde coletivos como forma de aproximar Brics
O
presidente Michel Temer disse hoje (18), durante visita ao Japão, estar
satisfeito com a forma como outros chefes de Estado têm acolhido suas
propostas, em especial no âmbito do Brics, grupo formado pelo Brasil, a
Rússia, Índia, China e África do Sul. Sem entrar em detalhes sobre as
propostas, Temer destacou, como forma de aproximação dos povos do Brics,
a adoção de programas de saúde coletivos assemelhados.
Em relação
à política interna, ele afirmou que as denúncias da Odebrecht contra o
ministro Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, Moreira Franco,
secretário executivo do Programa de Parcerias de Investimentos, e Romero
Jucá, presidente do PMDB, precisam se consolidar. “Se um dia se
consolidarem, o governo verá o que fazer”.
Perguntado sobre a
forma como outros líderes têm visto o seu governo, Temer disse acreditar
que o veem de forma positiva. “Seria um pouco pretensioso [dizer isso],
mas acho que veem com simpatia. Com toda franqueza, em todas reuniões
em que estive verifiquei que havia muito acolhimento, tranquilidade e
compreensão das palavras que digo”, disse o presidente brasileiro ao
chegar ao Japão.
“Em um jantar em que estivemos do Brics, levantei
o tema da aproximação dos povos do bloco. Mencionei que uma das razões
que poderiam aproximar os povos seria se tivéssemos programas de saúde
coletivos assemelhados. A Índia, por exemplo, tem, em matéria de
remédios, muita evolução. Interessante como isso foi muito bem acolhido e
até objeto de manifestação do presidente russo, Vladimir Putin, quando
fizemos a segunda plenária do Brics. Ele começou dizendo ‘olha, como
disse meu colega brasileiro…’ e daí foi exatamente nessa linha”,
afirmou.
Japão
No Japão, Temer se
encontrará o imperador Akihito, com o primeiro-ministro Shinzo Abe e com
lideranças empresariais japonesas e investidores dos dois países.
“Queremos trazer a ideia da parceria Brasil e Japão. Não apenas levar
novos investimentos japoneses para o Brasil, mas também ampliar os
investimentos japoneses que já se verificam”, disse Temer.
A
exemplo do que tem feito durante encontros com outras autoridades, o
presidente brasileiro citou as concessões que estão sendo planejadas por
seu governo no setor de infraestrutura, em especial na área de petróleo
e gás.
“Estamos até promovendo modificações na questão
legislativa sobre petróleo e gás, exata e precisamente para incentivar
esses investimentos. Viemos trazer também a notícia de que teremos
absoluta segurança jurídica em todos os contratos que se estabelecerem
em nosso país. Queremos portanto, ao levar investimento estrangeiro,
preservar os contratos, dar segurança jurídica e revelar, também com as
nossas viagens, a plenitude da estabilidade institucional. Passamos por
alguns momentos politicamente mais complicados, mas que vão se
pacificando pouco a pouco”, acrescentou.
Lava Jato
O
presidente comentou denúncias publicadas no último fim de semana na
imprensa, de que três articuladores de seu governo – Geddel Vieira Lima,
Moreira Franco e o senador Romero Jucá (PMDB-RR) – teriam recebido
benefícios da Odebrecht, empreiteira que está sendo investigada pela
Operação Lava Jato.
“Sabe o que acontece? O envolvimento dos nomes
se deu, convenhamos, por enquanto, por uma simples alegação, por uma
afirmação. É preciso que essas coisas se consolidem. Se um dia se
consolidarem, o governo verá o que fazer”.
Agência Brasil
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