sábado, 17 de setembro de 2016

Vizinhança lamenta morte

Tristes, vizinhos destacam simplicidade do ator Domingos Montagner

Vizinhos destacam simplicidade de Montagner A morte do ator Domingos Montagner na quinta-feira (15) no Rio São Francisco, em Sergipe, deixou tristeza especialmente em Embu da Artes, na Grande São Paulo, onde ele morava. Vizinhos e moradores da cidade que o conheciam ressaltaram a simplicidade de Montagner no trato com as pessoas e a dor que sua morte vai deixar.
"Ele sempre foi muito acessível. Uma pessoa muito receptiva. Ele não criava barreiras entre as pessoas que gostam dele, que acompanham o trabalho dele", afirmou a professora Bárbara Galvão.
A vizinha Fabiana Leister, que trabalha em uma padaria perto do condomínio onde Montagner vivia, afirmou que Montagner conversava normalmente. "Quando é um artista que você nunca viu na sua vida, que você vê na televisão, você se comove porque é um ser humano, mas quando é uma pessoa que você vê, vem comprar pão, senta, fala oi, boa tarde. Ele já sentou aqui e falou comigo é uma pessoa normal igual a gente, é muito ruim é muito triste", diz.
Amor a São Paulo O ator Domingos Montagner declarou seu amor à cidade de São Paulo, onde nasceu, na entrevista que deu ao SPTV no último dia 3, um sábado. "Eu, como paulistano, sou fã militante de São Paulo", afirmou Montagner.
O ator morreu depois de nadar perto da Usina de Xingó, na Região de Canindé de São Francisco (SE), após um dia de gravações da novela 'Velho Chico', na qual interpretava o personagem Santo.
Domingos, de 54 anos, deixa a mulher, Luciana Lima, e três filhos. Ele morava com a família em um condomínio de casas em Embu das Artes, na Grande São Paulo, cidade que abriga artistas de todas as áreas a 23 km da capital paulista. A família passou a tarde recolhida à espera de notícias após o desaparecimento do ator em um mergulho. A vizinhança lamentou a morte. "Uma ótima família, muitos simpáticos, pessoas normais, como a gente", disse a vizinha Fabiana Leister. "É muito triste isso".
Simpatia Montagner esbanjou simpatia e humildade na entrevista que deu ao SPTV ao lado da atriz Ingrid Guimarães para falar sobre o filme "Um namorado para a minha mulher", que está em cartaz. No filme da diretora Julia Rezende, ele interpreta um personagem "exótico sedutor". Várias cenas do longa metragem foram rodadas em locais famosos de São Paulo, como o bairro da Lapa, a Avenida Paulista, e a praça Benedito Calixto, em Pinheiros.
"É um olhar de uma diretora carioca sobre São Paulo", destacou Montagner na entrevista à repórter Flavia Freire. Na conversa, Montagner revelou que toda a sua formação como artista veio do circo, e se disse muito feliz em poder executar alguns truques circenses no filme. "Ele cospe fogo de verdade", disse Ingrid. "Ele é totalmente original" .
Começo no teatro e no circo O ator paulistano começou sua carreira artística trabalhando no teatro e em circos. Ele atuou em treze programas de TV, entre séries e novelas, além de nove filmes.
Alguns papéis de destaque foram o Capitão Herculano Araújo de "Cordel Encatado" (2011) e o presidente Paulo Ventura de "O brado retumbante" (2012), seu primeiro protagonista.
Ele também chamou atenção como o Zyah de "Salve Jorge" (2012) e o João Miguel de "Sete Vidas (2015).
Montagner conta, em seu site oficial, que iniciou sua carreira no teatro, através do curso de interpretação de Myriam Muniz, e no Circo Escola Picadeiro. Em 1997, formou o Grupo La Mínima, com Fernando Sampaio. A Noite dos Palhaços Mudos, de 2008, lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator. Em 2003, criou o Circo Zanni, do qual foi diretor artístico.
O primeiro papel na TV foi no seriado "Mothern" (2006), do GNT, canal da TV por assinatura. A estreia na Globo foi também em seriados: "Força Tarefa", "A Cura" e "Divã". A primeira novela, "Cordel Encantado", foi em 2011. No ano seguinte, estreou no cinema, com uma participação no longa "Gonzaga - de Pai Pra Filho", de Breno Silveira.
G1.com.br

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