Governo federal anuncia mudanças para ensino médio e elimina disciplinas
O
governo federal anunciou nesta quinta-feira (22) uma serie de mudanças
no ensino médio do país, que serão encaminhadas por meio de Medida
Provisória para a aprovação do Congresso Nacional. A MP altera alguns
artigos da Lei de Diretrizes e Bases de 1996. Aumento da carga horária,
eliminação de disciplinas obrigatórias e flexibilidade curricular são
algumas das mudanças.
O currículo será o mesmo em
todo o país, definido pela Base Nacional Comum Curricular. A grade
também será formada por cinco “itinerários”, com ênfase nas seguintes
áreas: linguagens, matemática, ciências da natureza, ciências humanas e
formação técnica e profissional. De acordo com o ministro da Educação,
Mendonça Filho, o foco da reforma são os estudantes.
“O
novo ensino médio tem como pressuposto principal o protagonismo do
jovem. É muito comum, quando nós conversamos com um jovem do ensino
médio, ele colocar que aquela escola não é uma escola que dialoga com
ele, que contraria o seu projeto de futuro. É aí que nós destacamos a
necessidade de que o foco do ensino médio seja no projeto de vida do
aluno, do jovem”.
O ensino de artes e de educação
física vai passar a ser opcional, sendo obrigatório apenas no ensino
infantil e fundamental. O inglês passa a ser idioma obrigatório nas
escolas a partir do sexto ano.
A Medida Provisória
prevê ainda um aumento da carga horária para o ensino médio. A ideia é
que ela seja ampliada progressivamente até atingir mil e 400 horas por
ano – hoje são 800. A meta, segundo Mendonça Filho, é ter 500 mil jovens
matriculados em tempo integral até 2018. Para ajudar os estados nessa
direção, o ministro informou que o governo federal vai investir 1 bilhão
e meio de reais nos próximos dois anos.
A
preocupação do governo federal com o ensino médio diz respeito ao fraco
desempenho alcançado nos últimos anos. Segundo o ministro, o ensino
médio está em “falência” e estagnado desde 2011. O Índice de
Desenvolvimento da Educação Básica de 2015, o Ideb, ficou em 3,7, abaixo
da meta de 4,3 definida pelo Ministério da Educação.
Agência do Rádio
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