sexta-feira, 23 de setembro de 2016

Extremistas

Diário de acusado de ataques a bomba em Nova York cita líderes terroristas

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Quando Ahmad Khan Rahami voltou de uma viagem de quase um ano ao Paquistão, em março de 2014, ele foi selecionado por policiais da alfândega que o submeteram a uma verificação mais minuciosa. Ainda preocupados com sua viagem, eles notificaram o Centro Nacional de Alvos (National Targeting Center, NTC na sigla em inglês), uma agência federal que avalia potenciais ameaças, segundo duas autoridades judiciais.
Foi uma das milhares de notificações semelhantes feitas todo ano, e um relatório sobre Rahami foi enviado ao FBI e a outros órgãos de inteligência, segundo essas autoridades.
Cinco meses depois, quando o pai de Rahami contou à polícia que temia que seu filho tivesse simpatias pelos terroristas, agentes federais novamente examinaram seu histórico de viagens. E mais uma vez, apesar de Rahami ter sido escolhido duas vezes para escrutínio, não foram encontrados motivos preocupantes que levassem a uma investigação mais profunda. Ahmad Rahami não foi entrevistado por agentes federais.
Mas agora o histórico de viagens de Rahami, que é acusado de praticar os atentados a bomba em Nova York e Nova Jersey no último fim de semana, tornou-se foco dos investigadores, um assunto que se torna ainda mais urgente devido aos detalhes contidos em seu caderno de anotações, que sugerem que ele se inspirou principalmente no Estado Islâmico (EI).
Em particular, Rahami cita diversas vezes um membro fundador do EI que pedia aos muçulmanos do mundo todo que pegassem em armas para derramar sangue dos infiéis.
A avaliação de Rahami pelo FBI começou em agosto de 2014, e mais uma vez eles reavaliaram o relatório do NTC.
O centro foi criado depois dos ataques de 11 de setembro de 2001 para funcionar como uma agência de análise de informações dentro do Departamento de Segurança Interna.
“Ao identificar passageiros e carga de alto risco antes que eles cruzem nossas fronteiras, entrem em nossos portos ou pousem em nossas pistas, a equipe do NTC está de prontidão para proteger nossa população e nossa economia 24 horas por dia”, diz a descrição do órgão feita pelo governo federal.
Não está claro que volume de informação o relatório continha sobre as atividades de Rahami durante os 11 meses que ele passou no Paquistão, a partir de abril de 2013, e sobre outras viagens que fez no exterior.
Os investigadores estão interessados em saber mais sobre uma viagem de três semanas que ele fez ao Afeganistão e outra que pode ter feito a Ancara, na Turquia, segundo autoridades. O relatório do NTC não menciona a viagem à Turquia, segundo a autoridade judicial que o revisou.
Segundo registros fornecidos pelo Departamento de Polícia de Nova York às autoridades alfandegárias, Rahami viajou por um período indeterminado em janeiro de 2014, conforme verificou o jornal “The New York Times”.
UOL

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