Eleitora com dificuldade para casar pede ‘marido’ em troca de voto em João Pessoa
Publicado por: Amara Alcântara
Parece piada, mas não é. Botijão de gás, dentadura, material de
construção e até marido são alguns dos pedidos dos eleitores feitos a
vereadores de João Pessoa.
O gabinete do vereador Chico do Sindicato (PT do B) vive lotado.
Dezenas de pessoas o procuraram com o intuito de conseguir assistência
em alguns setores. Para coibir, ele mandou colocar uma placa na sala com
os dizeres: “Não pago água, luz e emplacamento”.
“Pedem para fazer emplacamento do carro, água, luz, material de
construção. Não faço por que quando faço isso estou corrompendo eles e
sou corrompido como parlamentar. Alguns políticos acostumaram mal a
população”, destacou,
Chico do Sindicato afirmou que prefere perder a eleição do que
trabalhar com assistencialismo. “Prefiro perder a eleição a trabalhar
dessa forma. Não dou um centavo a ninguém, por que não é justo querer
corromper as pessoas”, revelou.
Mas, o pedido mais inusitado foi, certamente, o feito ao vereador
Lucas de Brito (DEM). Ele foi procurado para arrumar um casamento para
uma eleitora. “Parece até piada, mas é real. Já recebi um pedido de que
arranjássemos um casamento para uma eleitora que vinha tentando arrumar
um marido e estava com dificuldade. Ela me procurou e disse: ‘vereador,
arranje um casamento pra mim’. Eu disse pra ela que esses assuntos de
coração, ainda que fôssemos cardiologistas, não tinha como resolver. A
gente tenta mostrar que na própria comunidade ela tem opções,
alternativas”, brincou.
O vereador João dos Santos (PR) também afirmou que sempre é procurado
por pessoas com pedidos de ajuda. “Realmente aqui a gente recebe muitos
pedidos. Na medida do possível vamos assistindo. São pedidos comuns,
que todos sabem quais são: uma prestação atrasada para quitar, por
exemplo. Eu procuro evitar ao máximo entrar nessa situação, por que já
tenho um trabalho muito grande nos bairros . Tenho três carros atendendo
o povo que faz fisioterapia, radioterapia, quimioterapia e hemodiálise.
Meu dia a dia já é trabalho. Por esse motivo, é difícil atender esses
pedidos. A situação requer finanças e eu não tenho como fazer, por que
tenho um gasto muito grande com o trabalho social que faço nas
comunidades”, opinou.
As informações foram veiculadas na Rádio Correio FM.
Portal 247
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