quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Suspeitas dopavam homens para roubar

Gêmeas dopam e furtam homens na Bahia; treze vítimas já prestaram queixa

Gêmeas
Outra vítima das irmãs gêmeas Maíse e Michele Santos de Araújo, de 23 anos, suspeitas de dopar homens para roubá-los, procurou a polícia para denunciar as mulheres na terça-feira (16), após a repercussão do caso. Com isso, o número de vítimas feitas por elas subiu para 13. As informações foram passadas pela delegada Francineide Moura, titular da 28ª Delegacia e responsável pelo caso, na manhã desta quarta-feira (17).
De acordo com a delegada, o homem contou aos investigadores que conheceu Michele por meio de um aplicativo de relacionamentos e que os dois marcaram um encontro em um bar, no bairro de Pernambués, mas quem foi ao local foi Maíse. A vítima relatou que notou a diferença e não teria se sentido atraído pela mulher, mas mesmo assim foi até o estabelecimento com ela.
Segundo a doutora Francineide Moura, o homem disse que a suspeita estava com uma cerveja e ofereceu para ele. Após ingerir a bebida, a vítima foi até o banheiro, onde passou mal e ficou tonto.
Ele voltou para a mesa, perdeu a consciência e caiu. O homem só lembra de ter acordado em casa, sem o celular, informou a delegada.
Ainda conforme a delegada, o crime relatado pela vítima ocorreu no dia 14 de julho, quando as mulheres já estavam sendo procuradas pela polícia. Na terça-feira, as gêmeas foram transaferidas para o Conjunto Penal Feminino, no Complexo Penitenciário da Mata Escura, onde ficarão custodiadas.
Prisão
De acordo com a delegada Francineide Moura, as gêmeas foram presas no dia 11 de julho, no bairro da Engomadeira, onde eram protegidas por traficantes. As duas foram apresentadas na segunda-feira (15), no auditório do edifício-sede da Polícia Civil, na Praça da Piedade.
Segundo a delegada, quando foram presas, as irmãs disseram que estavam a caminho de uma festa e uma delas já estava com aparência bem diferente da que foi divulgada. A polícia acredita que elas façam parte de uma quadrilha formada por ao menos quatro pessoas.
O homem morto pela dupla, no começo de abril deste ano, foi identificado como um motorista do Samu. Outras duas vítimas foram um policial militar e um guarda municicipal, de quem furtaram duas pistolas, ainda não encontradas. Elas vendiam os objetos roubados das vítimas pela internet, segundo a polícia.
Golpe
As irmãs ofereciam suco de maracujá com a droga conhecida como “boa noite cinderela” às vítimas. Um dos homens contou ter sido dopado e roubado por uma das mulheres, que ele havia conhecido por meio de uma rede social. Em um dos casos, a vítima chegou a ser esfaqueada pela dupla.
Já em outro caso, a vítima foi dopada com um suco de umbu e, enquanto dormia, as irmãs roubaram um notebook, aparelho celular, dinheiro e até roupa de cama dele. Em seguida, as gêmeas teriam fugido deixando o homem trancado dentro do apartamento.
Depois que uma das vítimas denunciou o golpe sofrido, outros quatro novos casos  chegaram ao conhecimento da Polícia Civil. A polícia já tinha imagens das irmãs, o que ajudou a prender as suspeitas.
Primeira denúncia
Uma das vítimas, que preferiu não se identificar, foi até a delegacia e contou ter sido roubado por uma mulher que conheceu por meio de uma rede social. A situação aconteceu em um encontro da vítima com a suspeita em um bairro de Salvador. Após o ocorrido, ele contou que foi ameaçado de morte e teve fotos divulgadas na internet com a informação de que ele é procurado pela polícia por estupro e pedofilia.
De acordo com a vítima, no período de um ano, a conversa com a mulher foi apenas virtual. O caso aconteceu no primeiro encontro dos dois. A mulher levou pertences como dinheiro, celular e o capacete de uma moto.
O homem contou que, após o ocorrido, tentou entrar em um acordo com a suspeita com o objetivo de recuperar os objetos. Contudo, ao conversar com ela, a suspeita reagiu mandando fotos de armas e ameaças de morte. Ainda conforme o rapaz, a “Maise” espalhou fotos dele pela internet dizendo que ele é estuprador e pedófilo.
G1

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