Operação Decantação: Presidente estadual do PSDB de Goiás é preso pela Polícia Federal
Afrêni Gonçalves, presidente do PSDB-GO, e José Taveira, presidente da Saneago - (Foto: Reprodução) |
A Polícia
Federal realiza na manhã desta quarta-feira (24) uma operação para
desarticular uma quadrilha responsável pelo desvio de R$ 4,5 milhões em
recursos federais por meio da Companhia de Saneamento de Goiás
(Saneago). Segundo as investigações, as verbas eram destinadas ao
pagamento de dívidas políticas.
A Operação Decantação cumpre 120
mandados judiciais em Goiânia, Aparecida de Goiânia, Formosa e
Itumbiara, em Goiás, além de São Paulo e Florianópolis (SC). Entre os
presos estão o presidente estadual do PSDB, Afrêni Gonçalves, e
ex-secretário da Fazenda de Goiás e atual presidente da Saneago, José
Taveira Rocha.
O G1 entrou
em contato com o assessoria de imprensa do PSDB-GO e aguarda um parecer
sobre o caso. Já a assessoria de imprensa da Saneago informou que deve
se pronunciar mais tarde.
Cerca de 300 policiais participam dos
trabalhos, que conta com apoio do Ministério Público Federal e do
Ministério da Transparência, Fiscalização e Controle, evitou um prejuízo
de quase R$ 7 milhões.
No total são cumpridos 11 mandados
de prisão preventiva, quatro de prisão temporária, 21 de condução
coercitiva e 67 de busca e apreensão na sede de empresas envolvidas e do
PSDB em Goiânia, além de residências e outros endereços relacionados
aos investigados.
Os mandados de prisão temporária foram cumpridos
contra Afrêni Gonçalves, José Taveira Rocha, Robson Salazar e Nilvane
Costa. Já os presos preventivamente são: Ridavia Azevedo, Emanuel
Peixoto, José Raimundo Gontijo, José Vicente da Silva Junior, Luiz
Humberto Gonçalves, Frederico José Lavres, Gilberto de Oliveira, Rafael
Ferreira Sá, Charles de Oliveira e Carlos Eduardo da Costa. Também é
procurado Eduardo Henrique de Deus.
Esquema
Segundo a PF, a investigação apurou que dirigentes e colaboradores da Saneago promoveram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso.
Desta forma, recursos públicos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal, foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas.
Esquema
Segundo a PF, a investigação apurou que dirigentes e colaboradores da Saneago promoveram licitações fraudulentas, por meio da contratação de uma empresa de consultoria envolvida no esquema criminoso.
Desta forma, recursos públicos federais do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), de financiamentos do Bando Nacional do Desenvolvimento (BNDES) e da Caixa Econômica Federal, foram desviados para pagamento de propinas e dívidas de campanhas políticas.
Ainda
segundo a investigação, a consultoria contratada pela Saneago também é
suspeita de favorecer empresas que participavam do conluio e que eram
responsáveis, posteriormente, por doações eleitorais.
Os
envolvidos responderão, na medida de suas participações, pelos crimes de
peculato, corrupção passiva, corrupção ativa, organização criminosa e
fraudes em processos licitatórios. Também foi determinado o afastamento
da função pública de oito servidores e a proibição de comunicação entre
nove envolvidos.
G1
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