Mulher e filho de Lula dizem à Polícia Federal que ficarão em silêncio em esclarecimento
A
ex-primeira-dama Marisa Letícia, mulher do ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva, e um dos filhos do casal, Fábio Luís Lula da Silva,
informaram à Polícia Federal que pretendem ficar em silêncio. A PF havia
intimado em 4 de agosto Marisa Letícia e Fábio Luis para prestarem
“esclarecimentos” sobre a compra e reformas no Sítio Santa Bárbara, em
Atibaia (SP), investigado pela força-tarefa da Operação Lava Jato, em
Curitiba.
Lula é investigado em três inquéritos principais na
força-tarefa da Lava Jato em Curitiba: um sobre a compra e reforma do
Sítio Santa Bárbara, em Atibaia (SP), sobre compra e reforma do tríplex
do Edifício Solaris, no Guarujá, e sobre recebimentos do Instituto Lula e
da empresa LILS Palestras e Eventos – do ex-presidente.
Dois
ofícios da defesa de Marisa Letícia e Fábio Luís foram anexados aos
autos da Lava Jato nesta sexta-feira (12). O documento é subscrito pelos
advogados Cristiano Zanin Martins, Roberto Teixeira e José Roberto
Batochio. A defesa afirma que Marisa Letícia e Fábio Luís “não têm nada a
acrescentar” em relação ao que já foi dito pelo petista.
Os dois
ofícios informam à PF que a mulher e o filho de Lula pretendem “se valer
do direito constitucional de permanecer em silêncio (CF/88, art. 5o,
inciso LXIII), razão pela qual se mostra inútil seu deslocamento a
Curitiba (PR) ou outro local, com dispêndio de recursos e desperdício do
já exíguo tempo das autoridades policiais”. O documento registra que
“mesmo na hipótese” de a Polícia Federal querer ouvi-los como
testemunhas, “incide no caso concreto a proibição legal estabelecida no
artigo 206, do Código de Processo Penal”, uma vez que são mulher e filho
“do investigado Luiz Inácio Lula da Silva”.
A
defesa afirma ainda que Marisa Letícia e Fábio Luís não são
proprietários “de fato ou de direito do imóvel objeto da investigação” e
que não têm “qualquer ciência ou participação da utilização de recursos
de origem não lícita empregados no imóvel objeto de investigação”.
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