Cássio Cunha Lima estima 60 votos a favor do impeachment de Dilma Rousseff
Para
Dilma ser afastada difinitivamente da Presidência, é necessário que, ao
menos, 54 senadores (equivalente à maioria absoluta do Senado) votem
favoravelmente ao impeachment. Se esse número de votos não for alcançado
na votação final do julgamento, a petista retorna imediatamente ao
comando do governo.
Ainda não há uma data precisa de quando
ocorrerá a votação, no entanto, a expectativa é de que o julgamento se
encerre entre terça (30) e quarta-feira (31).
As articulações
políticas nas trincheiras governistas e oposicionistas devem se manter
intensas nos bastidores até o último minuto do julgamento, embora, os
conselheiros de Temer já repitam que o impeachment “está consumado”.
Um dos termômetros que os integrantes do Palácio do Planalto usam para tentar demonstrar que o afastamento é irreversível é o placar da votação da etapa anterior do processo de impeachment,
que transformou Dilma em ré. Na ocasião, 59 senadores votaram a favor
de ela ser levada a julgamento no plenário e 21 se posicionaram contra.
Na
votação final, pelos cálculos do líder do PSDB no Senado, os votos
pró-impeachment poderão até chegar a 62 ou 63 votos. Os articuladores
políticos de Temer têm trabalhado nas últimas semanas para aumentar ainda mais a margem de votos favoráveis ao afastamento definitivo na última votação.
Conforme o G1
apurou, entre os alvos do Planalto para aumentar o placar
pró-impeachment, estão os senadores Roberto Muniz (PP-BA), Otto Alencar
(PSD-BA) e Elmano Férrer (PTB-PI). Na votação anterior, eles se
posicionaram contra Dilma ser levada a julgamento final. O objetivo dos
aliados do presidente em exercício é fazer com que esses parlamentares
votem a favor do afastamento na etapa definitiva do processo de
impeachment.
“O número mais provável são 60 votos favoráveis ao
relatório pelo afastamento definitivo, contra 20. Caso o senador Renan
Calheiros vote, ampliaremos esse placar para 61, mas alguns prognósticos
apontam para a possibilidade de chegarmos a 62 e até 63 votos. E, para
cada voto que acrescentar de um lado, debita do outro”, analisou Cunha
Lima.
Integrante do PMDB de Temer, mas aliado de Dilma, Roberto
Requião ressalta que, nas contas da oposição, os votos contrários ao
impeachment chegam a 31.
“Vamos derrubar o impeachment, teremos 31 votos”, enfatizou.
O
peemedebista acredita em mudanças de lado de última hora. “Tenho visto
que alguns senadores podem trocar de opinião”, observou.
Voto de Renan Calheiros
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem repetido que ainda não se decidiu se irá votar ou não. Na primeira etapa do processo, quando os senadores decidiram instalar o processo para investigar se a petista havia cometido crime de responsabilidade, ele não votou por ser presidente da Casa.
Na fase seguinte, que passou a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, Renan poderia ter participado da votação que tornou Dilma ré, mas decidiu não votar por opção pessoal. Agora, nesta terceira etapa, o presidente do Senado também está apto a votar.
Voto de Renan Calheiros
O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), tem repetido que ainda não se decidiu se irá votar ou não. Na primeira etapa do processo, quando os senadores decidiram instalar o processo para investigar se a petista havia cometido crime de responsabilidade, ele não votou por ser presidente da Casa.
Na fase seguinte, que passou a ser comandada pelo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Ricardo Lewandowski, Renan poderia ter participado da votação que tornou Dilma ré, mas decidiu não votar por opção pessoal. Agora, nesta terceira etapa, o presidente do Senado também está apto a votar.
G1
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