Paulo César Morato cometeu suicídio, aponta conclusão do inquérito policial
O
empresário Paulo César de Barros Morato, 47 anos, um dos indiciados
pela Operação Turbulência deflagrada pela Polícia Federal (PF), cometeu
suicídio. É o que aponta a conclusão do inquérito da Polícia Civil de
Pernambuco, divulgada em sua sede operacional, no bairro da Boa Vista,
na área central do Recife, na tarde desta terça-feira (30). O desfecho
do caso aconteceu mais de dois meses após a morte do investigado, cujo
corpo foi encontrado em um motel em Olinda no dia 22 de junho.
“Não
há nenhum indício de crime na morte de Morato. Ele estava fugindo da
Polícia Federal e já tinha comprado o chumbinho quando entrou no motel”,
explicou a delegada Gleide Ângelo, que presidiu a investigação e
justificou a demora na conclusão do inquérito por conta do Caso Julia,
ao qual ela se dedicou durante 10 dias no mês de julho.
A delegada
informou ainda que Morato já havia tentado suicidio no dia 3 de março
de 2015 em um apartamento de um amigo na Avenida Conde da Boa Vista, na
área central do Recife. “Na ocasião, ele tomou vários remédios para se
matar”, disse Gleide Ângelo.
Nenhum documento foi encontrado nas
mídias digitais apreendidas junto ao corpo do empresário. “Nos
pen-drives, só havia músicas, não tinha mais nada, segundo o laudo da
Polícia Federal, que analisou os sete pen-drives e os três celulares de
Morato, os quais ele desligou às 9:40 [do dia 21]”, apontou a delegada.
Ela enviará o inquérito de 536 páginas para o Ministério Público na
quarta-feira (31).
Procedimentos no motel
Morato
entrou no motel às 12h47 do dia 21 de junho. Camareiras e recepcionista
do estabelecimento tentaram entrar em contato com ele, pela primeira
vez, às 00h38 do dia 22 de junho e, em seguida, às 17h39. O Centro
Integrado de Operações de Defesa Social (Ciods) foi acionado por
funcionários do estabelecimento às 17h52. Por volta das 18h30, já havia
policiais militares e civis no local.
Eles recolheram todos os
objetos do empresário e acionaram o Instituto de Medicina Legal, que
chegou às 20h31. Após identificar que o corpo era de um investigado pela
Polícia Federal, o Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa
(DHPP) foi chamado e chegou ao motel após às 21h.
Ao todo, foram
realizadas 17 perícias durante a investigação do caso. Entre elas, a
criminal e a dactiloscópica em local de morte a esclarecer, a criminal
no veículo do empresário, a dos objetos apreendidos, além do laudo
pericial de DNA. Também foram feitos exames toxicológico, sexológico,
histopatológico e pericial nos pen-drives localizados.
“A perícia
no lençol do motel deu positivo para fezes e resquício de sangue, mas a
vítima não apresentava quaisquer sinais de violência. O sangue
encontrado foi de um discreto corrimento nasal”, afirmou a perita
criminal Vanja Coelho.
Morte por envenenamento
O
corpo de Paulo Cesar Morato permaneceu no Instituto de Medicina Legal
(IML), na área central do Recife, durante mais de um mês. A Secretaria
de Defesa Social apresentou, em 30 de junho, laudos e perícias, uma
delas feita na Paraíba, e informou que envenenamento tinha sido a causa da morte.
O agente externo era uma substância identificada como um
organofosforado, conhecido popularmente como chumbinho, um veneno usado
para matar ratos.
No entanto, as circunstâncias do óbito não foram esclarecidas na ocasião. No dia 2 de julho, peritos voltaram ao motel onde
o corpo do empresário foi encontrado para fazer novas investigações. Na
época, informaram apenas que analisavam as imagens das câmeras do
circuito de segurança.
Sem alarde, o empresário acabou sendo enterrado no dia 4 de julho, em Barreiros, na Mata Sul pernambucana. A informação veio à tona depois de um comunicado feito pela prefeitura do município.
Indiciamento e denúncia
Em
18 de julho, após a conclusão do inquérito, a Polícia Federal indiciou
20 pessoas, entre elas Morato. Também estavam na lista quatro
empresários que residem em Pernambuco e estão presos no Centro de
Triagem de Abreu e Lima (Cotel), na Região Metropolitana.
Já no
dia 3 de agosto, a Justiça Federal denunciou 18 dos 20 indiciados.
Morato é citado no documento, mas não chegou a figurar na lista final. O
grupo é apontado como responsável por um esquema de crimes contra o
sistema financeiro nacional, lavagem de dinheiro oriundo de
superfaturamento em obras públicas e pagamento de propinas a agentes
políticos e funcionários públicos. De acordo com o MPF, os acusados são
divididos em categorias, conforme o papel desempenhado.
Operação Turbulência
A operação
deflagrada no dia 21 de junho teve como objetivo investigar um esquema
que liga empresas de fachada à compra do avião Cesna Citation, usado
pelo ex-governador Eduardo Campos (PSB) no dia do acidente em que ele e
mais seis pessoas morreram, em agosto de 2014, em Santos (SP). Paulo
César Morato é um dos cinco integrantes indiciados pela Polícia Federal
acusados de um esquema de lavagem de dinheiro que movimentou R$ 600
milhões e pode ter financiado a campanha de Eduardo Campos ao governo de
Pernambuco.
Morato foi apontado pela PF como o responsável pela
empresa fantasma Câmara & Vasconcelos Locação e Terraplanagem Ltda,
que teria aportado recursos milionários para a compra da aeronave usada
na campanha presidencial de Eduardo Campos. De acordo com o Ministério
Público Federal (MPF), a empresa recebeu quase R$ 19 milhões da
construtora OAS.
G1
blogueiro sem criatividade é esse de juru em destaque, em vez de destaque fosse desfalque 90% das postagens do seu blog são plágio principalmente dos blogs do pernambuco eita burrice da gota
ResponderExcluirInteressante: E tu acessando 'minha falta de criatividade e burrices', hein!
ResponderExcluirSe as postagens fossem 100% 'plagiadas', importante é que a fonte seja citada.
ResponderExcluirSe as postagens fossem 100% 'plagiadas', importante é que a fonte seja citada.
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