Após cassar mandato, Senado Federal mantém direitos políticos de Dilma Housseff
Apesar
de decidir pelo impeachment da agora ex-presidente da República Dilma
Rousseff (PT), o Senado manteve os direitos políticos da petista, em
votação realizada na tarde desta quarta-feira (31). A manutenção dos
direitos políticos de Dilma foi aprovada por 42 votos a favor e 36
contra. Houve três abstenções.
No início da tarde, o presidente do
STF (Supremo Tribunal Federal), Ricardo Lewandowski, determinou que a
votação final do processo de impeachment no Senado da presidente
afastada seria dividida em duas etapas, uma sobre a perda do mandato e a outra sobre a inabilitação dos seus direitos políticos.
O
requerimento pela divisão foi feito pelo PT, representado pelo senador
Humberto Costa (PT-PE), no início dos trabalhos desta quarta. A
iniciativa tinha como objetivo preservar o direito da petista de
disputar eleições ou ocupar postos na administração pública mesmo se o
Senado decidisse por sua cassação.
Na primeira votação,
os senadores decidiram, por 61 votos a favor e 20 contra, que Dilma
cometeu crimes de responsabilidade, afastando-a definitivamente da
Presidência. No seu lugar, assume em definitivo o vice, Michel Temer
(PMDB), que já ocupava o cargo interinamente desde o último 12 de maio,
quando o Senado decidiu pelo afastamento da petista.
Em sua defesa no Senado,
Dilma afirmou que não praticou irregularidades e que o impeachment é na
verdade um “golpe de Estado” por ser motivado por razões políticas e
por não ter existido crimes de responsabilidade em seu governo. Esses
argumentos foram repetidos na segunda-feira (29) quando a petista passou
13 horas no plenário do Senado fazendo sua defesa, com um discurso pela
manhã e respondendo questões dos senadores até o fim da noite.
Do
outro lado, senadores que votaram pela condenação afirmam que Dilma foi
responsável por graves irregularidades financeiras que contribuíram
para aprofundar a crise econômica no país.
Qual foi o crime de Dilma?
Uol
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