Polêmica no plenário faz defesa de Dilma Rousseff desistir de uma testemunha
No segundo dia do julgamento final do processo de impeachment
da presidenta afastada Dilma Rousseff, diante de uma polêmica
envolvendo a ex-secretária de Orçamento Esther Dweck, o advogado de
defesa desistiu de ouvi-la como testemunha do processo.
A advogada
de acusação, Janaína Paschoal, que também é uma das autoras da denúncia
que motivou o processo contra Dilma Rousseff, colocou em suspeição a
ex-secretária de Orçamento sob o argumento de que a mesma foi nomeada
assessora “por uma parlamentar que é uma das mais ferrenhas defensoras
de Dilma”, no caso, a senadora Gleisi Hoffmann.
“Na política a
vingança é sempre maligna. Percebo que há intenção de desqualificar a
professora Esther Dweck. Ela participou diretamente dos processos dos
decretos, tem grande informação a respeito e, por isso, foi chamada como
testemunha. O fato de ser nomeada a um cargo —e não foi ainda—, não
significa nada, ela tem vínculo de origem. É professora da UFRJ
(Universidade Federal do Rio de Janeiro)”, disse Cardozo que decidiu
retirá-la do rol das testemunhas ” para não expor a professora a ataques
de vingança”.
Além de abrir mão de uma testemunha, logo no início
dos trabalhos hoje, Cardozo se antecipou e também solicitou que o
professor Ricardo Lodi Ribeiro, que seria a última testemunha a ser
ouvida, seja requalificado como informante “por ter atuado como
assistente de perícia”.
Testemunha de acusação
Em
outra questão de ordem, o advogado de Dilma Rousseff, José Eduardo
Cardozo também pediu que a testemunha de acusação Antônio D’Ávila,
auditor do TCU (Tribunal de Contas da União), passe a constar nos autos
apenas como informante. O argumento é de D’ávila admitiu ontem ter
auxiliado o procurador Júlio Marcelo a redigir a peça de acusação contra
a presidente Dilma Rousseff.
Agência Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário