Mulher de Eduardo Cunha diz à Justiça que ele autorizava compras de luxo
A
mulher do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha, disse em
depoimento à Justiça Federal do Paraná que ele autorizava os gastos com
compras de luxo que ela fazia no exterior. O depoimento de Cláudia Cruz e
da filha de Cunha, Danyelle, foram enviados para o Supremo Tribunal
Federal. As duas, assim como Cunha, são investigadas pela Operação Lava
Jato.
Cláudia também afirmou para as autoridades que nunca
questionou o marido sobre a origem do dinheiro que ela gastava no
exterior e que não faz ideia de quanto é o salário de um deputado
federal. Cláudia disse que sempre teve uma vida de alto padrão ao lado
de Cunha. Para ela, a renda do presidente afastado vem da atuação dele
no mercado financeiro e no ramo empresarial.
No depoimento, a
filha, Danyelle, disse que presumia que o dinheiro para o alto padrão da
família era proveniente do patrimônio da atividade anteriormente
desenvolvida porEduardo Cunha.
Danyelle afirmou ainda que todos os gastos no cartão de crédito eram autorizados por Cunha e ela não recebia os extratos.
Investigações
Segundo a Procuradoria Geral da República, Cunha recebeu pelo menos US$
1,31 milhão – R$ 5,2 milhões – em uma conta na Suíça. O dinheiro,
segundo a Suíça, foi recebido como propina pela viabilização da
aquisição, pela Petrobras, de um campo de petróleo em Benin, na África.
O dinheiro teria sido usado para compra de itens de luxo para a família, tudo sem declarar às autoridades bancárias nem à Justiça Eleitoral.
O dinheiro teria sido usado para compra de itens de luxo para a família, tudo sem declarar às autoridades bancárias nem à Justiça Eleitoral.
A PGR pede a devolução de valores e reparação de danos materiais e morais no valor de duas vezes a propina – R$ 10,5 milhões.
G1
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