Jovem que sofreu estupro coletivo foi violentada em duas ocasiões, diz polícia
No Rio
Marcelo Theobald/Extra/Ag. Globo
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Dono do celular que filmou o crime, Raí de Souza foi preso
A jovem de 16 anos vítima de estupro coletivo no Rio de Janeiro foi
violentada em dois momentos diferentes no dia do crime, segundo a
polícia. De dez a doze homens podem ter participado da ação, segundo
informação divulgada neste sábado (4) pelo jornal O Globo.
Nesta sexta-feira (3), a delegada responsável pelas investigações,
Cristiana Onorato Bento, contou ao jornal O Estado de S. Paulo que a
vítima foi levada desacordada para o local do crime, a casa conhecida
como "abatedouro", no Morro da Barão, na zona oeste.
Segundo a
delegada, a jovem lhe contou que foi com um casal de amigos e um outro
homem para uma casa depois de um baile funk. No local, ela teve relação
sexual com Raí de Souza, preso na segunda-feira (30). Lucas Perdomo fez
sexo com a outra jovem. Segundo Raí, a relação foi consensual.
A
jovem contou que, quando acordou, estava em um segundo lugar, no
"abatedouro". Um homem a segurava, outros estavam ao seu redor. Os
locais ficam próximos, segundo a delegada. As duas violências contra a
adolescente teriam acontecido nessa segunda casa, com ela já
desacordada.
Na primeira vez, à tarde, a jovem teria sido
violentada por traficantes do local que carregaram a menina até o
"abatedouro". Um deles seria o traficante Moisés de Lucena, que está
sendo procurado pela polícia.
A segunda violência contra a jovem
aconteceu já à noite, por Raí de Souza, que voltou ao local acompanhado
pelo ex-cinegrafista Raphael Belo (ele aparece numa foto com a boca
aberta e a língua de fora, ao lado da adolescente nua), e um terceiro
homem de apelido "Jefinho". Belo está preso desde a última terça-feira
(31). Jefinho é procurado pela polícia assim como mais três suspeitos.
O celular de Raí, usado para gravar o vídeo da jovem sendo manipulada
nua e desacordada, foi recuperado pela polícia e passa por perícia. Raí
diz que foi ao "abatedouro" porque estaria "preocupado com a
adolescente". Belo, numa carta à imprensa, negou ter violentado a jovem e
pediu desculpas pelas imagens.
Na quinta feira, 2, a delegada
pediu a libertação de Lucas Perdomo, porque não haveria provas de que
ele estaria na cena do crime. Ele deixou a prisão na noite de
sexta-feira, 3, mas continua sob investigação.
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