Jornalistas esportivas sofrem ataque violento em Paris durante a Eurocopa
A
Eurocopa está sendo marcada pelos diversos confrontos que ocorrem
durante a competição. Violência, racismo, brigas de interesses estão
sendo cada vez mais frequentes no país.
Bibiana postou em seu
Facebook e Instagram, compartilhado por Isabela, um desabafo do que
passaram na França, onde relata que torcedores foram para cima delas: “Enquanto
gravávamos nosso material, uma MANADA de torcedores nos atacaram,
saímos correndo e um deles inclusive puxou o lenço que eu usava, para
que pudesse me livrar do monstro, tive que usar a força física, uma
violência absurda, um constrangimento terrível e um pânico de ser
obrigada a fazer algo”, comenta a Jornalista.
E ainda fala sobre o total despreparo da polícia local: “Como
de costume, eles esvaziam a área ao final do evento e nem quiseram
ouvir o que havia acontecido, nos tiraram praticamente a força, com
palavras em tom agressivo e já segurando nosso material. De um jeito
violento, seguiu segurando nosso material, abusando do poder que tinha
no momento e aproveitando o fato de sermos duas ESTRANGEIRAS E MULHERES”, afirma.
VEJA A PUBLICAÇÃO COMPLETA:
Demorei
um tempo para processar tudo que vivemos (eu e Isabela Pagliari) na
noite de ontem aqui na França. Estávamos na fanzone, local reservado
para torcedores com inúmeras programações para acompanhar a Eurocopa).
Durante toda a cobertura que estamos fazendo, tentamos sempre manter
distância da grande massa, estar atentas a qualquer movimentação que
possa nos colocar em risco. Mas ontem vivemos algo que vai ser difícil esquecer, nos sentimos humilhadas, impotentes e CRIMINOSAS.
Enquanto
gravávamos nosso material, uma MANADA de torcedores nos atacou, saímos
correndo e um deles inclusive puxou o lenço que eu usava, para que
pudesse me livrar do monstro, tive que usar a força física, uma
violência absurda, um constrangimento terrível e um pânico de ser
obrigada a fazer algo. NINGUÉM AJUDOU, NINGUÉM PROTEGEU! ONDE ESTAVAM OS
SEGURANÇAS? Pois poucos minutos depois, quando conseguimos nos livrar
desses monstros, estávamos nos recuperando para regravar o material e
pedimos ajuda para a segurança.
Como de costume, eles
esvaziam a área ao final do evento e nem quiseram ouvir o que havia
acontecido, nos tiraram praticamente a força, com palavras em tom
agressivo e já segurando nosso material. Um deles pediu para ver as
credenciais e de forma forçada queria fotografar a da Isabela e reportar
de forma MENTIROSA como se estivéssemos nos negando a deixar o lugar.
De um jeito violento, seguiu segurando nosso material, abusando do poder
que tinha no momento e aproveitando o fato de sermos duas ESTRANGEIRAS E
MULHERES. Nos sentimos humilhadas, impedidas de fazermos nosso trabalho
e desprotegidas. O sujeito MENTIU para o chefe da segurança, nos
qualificando como “desrespeitosas”, “criminosas” e “que teríamos
descumprido regras”, o que não ocorreu, estávamos guardando o material.
Contra vontade, tomaram a credencial da Isa e nos conduziram até uma
sala, onde a humilhação foi ainda maior. Não nos ouviram, mesmo que a
Isa estivesse falando em francês perfeito e eu em inglês. Injustamente,
de uma forma violenta e absurda fomos retiradas do local.
REPITO:
VIOLENTAMENTE, já que a violência pode estar também em palavras.
Entendemos os problemas com segurança que o país vive, mas o que
presenciamos passa longe dos princípios tão conhecidos dos franceses:
IGUALDADE? Me senti tão injustiçada, humilhada e forçada, SEM TER FEITO
ABSOLUTAMENTE NADA. O despreparo de um segurança e o desejo de PROVAR
QUE TINHA PODER por pura vaidade de dizer “NÃO ME INTERESSA, AQUI QUEM
MANDA SOU EU” pode nos causar sérios problemas profissionais no que
seria a realização para qualquer um. A noite do dia 18 já não será
esquecida, mas formalmente buscaremos nossos DIREITOS.
IG

Nenhum comentário:
Postar um comentário