Michel Temer quer fechar 2016 criando cerca de 100 mil vagas de emprego
O
vice-presidente, Michel Temer, elegeu como prioridade de um eventual
governo peemedebista recuperar a última bandeira conquistada pelo PT e
perdida no ano passado: a geração de vagas com carteira assinada. A
interlocutores, o vice tem dito que espera fechar 2016 com a geração
líquida de postos de trabalho formais no azul. O vice estima que, se
conseguir terminar o ano com geração de 100 mil vagas, será um grande
feito que iniciará a recuperação do mercado de trabalho.
A marca é
ambiciosa diante dos pífios resultados acumulados por meses, mas
representa menos de 1% do total de desocupados no País, que já chegam a
11,1 milhões de pessoas, como divulgou o IBGE. Também está apenas 30%
além do número de trabalhadores que vivem atualmente numa espécie de
“purgatório”, ou porque tiveram de aderir ao plano do governo de redução
da jornada e do salário (59,5 mil) ou tiveram o contrato suspenso por
três meses (12 mil funcionários nos três primeiros meses do ano).
O
esforço para chegar a 100 mil novas vagas será grande, tendo em vista
que em 2015 foram fechados 1,54 milhão de postos com carteira assinada.
Na hipótese de conseguir alcançar a marca, mesmo assim o resultado de
2016 será inferior ao de 2014 (quando foram gerados 420 mil vagas) e
2013 (1,138 milhão). Mas superior ao de 2012, quando foram criadas
apenas 70 mil vagas.
A velocidade do ajuste no mercado de trabalho
é impressionante. A maior parte dos analistas projeta que a taxa de
desemprego – atualmente em 10,9% – deve aumentar até o fim do ano. A
preocupação do PT tem cunho eleitoral. Quando o partido assumiu a
Presidência, o desemprego estava na casa dos 12%. No fim de 2014, a taxa
alcançou o menor patamar da história: 4,8%. A queda no desemprego virou
uma das grandes vitrines de propaganda do governo petista.
Segundo
os conselheiros de Temer, é possível criar 100 mil vagas neste ano
graças a alguns fatores, como a volta da credibilidade com uma nova
equipe econômica, chefiada pelo ex-presidente do Banco Central, Henrique
Meirelles. A mudança na percepção dos investidores destravaria as
concessões de rodovias, aeroportos, ferrovias e portos – cujos
investimentos devem ultrapassar R$ 30 bilhões – e impulsionaria a
criação de vagas no setor.
R7
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