Presidente deve deixar o cargo no dia seguinte à votação no Senado Federal
Publicado por:
Amara Alcântara
Pelo cronograma do Senado, a presidente
Dilma Rousseff deve ser oficialmente afastada do cargo, dando lugar ao
vice Michel Temer, na manhã de 12 de maio, dia seguinte à votação do
plenário que deve aprovar a abertura do processo de impeachment da
petista.
Segundo o rito previsto pela equipe
técnica do Senado e pelo presidente da Casa Renan Calheiros (PMDB-AL),
caberá ao primeiro-secretário da Mesa-Diretora da Casa, Vicentinho Alves
(PR-TO), notificar Dilma pessoalmente da decisão de afastá-la por até
180 dias.
Ao mesmo tempo, o Senado também
informará Temer por escrito. Automaticamente, neste exato momento,
segundo técnicos legislativos, a petista passa a ser uma presidente da
República afastada e o peemedebista, o presidente em exercício.
Não é necessário nenhum tipo de transmissão de cargo de um para o outro ou seguir qualquer formalidade.
Provavelmente Dilma será informada
oficialmente na manhã seguinte, dia 12, devido à expectativa de que a
sessão do Senado acabe somente no fim da noite de quarta-feira (11)
devido aos questionamentos que serão feito e ao embate político entre
oposição e governistas.
A assinatura da notificação não precisa
ser em evento público. Ou seja, Dilma poderá assiná-la em encontro
reservado com o primeiro-secretário do Senado.
Caberá a ela decidir pela abertura ao
público deste ato e de possível manifestação política, como deixar o
Palácio do Planalto pela rampa.
A presidente de fato está analisando
transformar sua saída em um ato político e planeja descer a rampa
acompanhada de ministros, assessores, amigos e talvez até do
ex-presidente Lula.
Fonte: FOLHA
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