Serviço de Inteligência do Afeganistão confirma morte de mulá Mansour, principal líder talibã
Os serviços de inteligência do Afeganistão
confirmaram neste domingo (22) a morte do principal líder dos talibãs, o
mulá Akhtar Mansur, em um ataque com drones dos Estados Unidos no
território do Paquistão, em uma região próxima à fronteira entre os dois
países.
“O líder talibã, Akhtar Mansour, morreu ontem em um
ataque aéreo na região de Dalbandin, no Baluchistão, no Paquistão”,
disse à Agência Efe Jamil Sultani, vice-porta-voz do Diretório de
Segurança Nacional (NDS).
Em comunicado divulgado pelo DNS, o
órgão de inteligência explicou que o ataque aéreo aconteceu às 15h45,
hora paquistanesa da véspera, em Baluchistão, no Paquistão.
“Akhtar
Mansur, que estava sob vigilância há muito tempo, viajava ontem em um
veículo com seus companheiros na região de Dalbandin, onde foi alcançado
e abatido”, diz a nota.
O órgão defendeu que nem os ataques
terroristas ou suicidas são justificados pelo islã ou pelos “princípios
humanos” e informou que as forças de segurança afegãs continuarão “sua
luta pela paz e a estabilidade”.
“Os terroristas devem se dar
conta de que, caso continuem com seus ataques, serão eliminados”,
acrescentou o NDS, ressaltando que a forma de evitá-los é “abandonar as
armas”.
O mulá Mansour foi apontado como o líder dos talibãs
depois que o governo afegão revelou, em julho do ano passado, que o
fundador e líder histórico desse grupo, o mulá Omar, tinha morrido em
2013.
Sua designação à frente do principal grupo insurgente afegão
foi muito discutida entre os talibãs e gerou cisões e inclusive um
confronto militar aberto entre os homens leais a Mansour e os liderados
pelo mulá Rasul.
Apesar essa disputa interna, os talibãs ganharam
mais espaço desde o final da missão de combate da Otan no Afeganistão,
no fim de 2014, e cometeram ataques com grandes baixas e chegaram a
tomar o controle da cidade de Kunduz, no norte do país, durante alguns
dias no ano passado.
Desde o final de 2015, os talibãs controlam
quase um terço do território afegão, segundo um relatório do órgão
americano Inspetor Geral para a Reconstrução do Afeganistão (SIGAR).
G1
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