Prisão de Argelo conduz a Lava-Jato perigosamente para a porta de Vitalzinho

De
acordo com a denúncia, as propinas eram divididas entre Vital do Rêgo,
presidente da CPMI, Gim Argelo, vice-presidente, e os deputados
federais Marco Maia (PT-RS) e Francisco Francischini (PSDB-PR). De
acordo com os documentos disponibilizados pela Justiça, todas as
segundas-feiras os empresários das construtoras OAS, Léo Pinheiro;
Camargo Correia, Júlio Camargo, e UTC Engenharia, Ricardo Pessoa, eram
obrigados a jantar em Brasília e negociar a não convocação. Pessoa,
inclusive, em delação premiada, revelou ter pago R$ 5 milhões aos
parlamentares para se livrar de convocação.
No
ano passado, após a delação de Delcídio do Amaral ser divulgada, o
ministro Vital do Rêgo Filho divulgou nota negando qualquer envolvimento
em esquema de recebimento de propina. Dos parlamentares citados na
delação, Gim Argelo é o único sem mandato atualmente e, por isso, sem
foro privilegiado, o que possibilitou o mandado de prisão assinado pelo
juiz federal de primeira instância, Sérgio Moro. A operação 'Vitória de
Pirro' contou com a participação de mais de 100 policiais e cumpriu 14
mandados de busca e apreensão, 2 mandados de prisão e 4 de condução
coercitiva.
De
acordo com a delação premiada de Delcídio do Amaral, os membros da
CPMI obrigavam os empresários a pagarem pedágios para negociar a não
convocação para a comissão. Em um dos trechos, Amaral diz que Júlio
Camargo se irritou muito com a situação. A CPMI foi concluída sem o
indiciamento de nenhum dos empresários. O ex-senador também revelou que
em outra CPI da Petrobras, em 2009, esta última comandada por Sérgio
Guerra, já falecido, o na época presidente nacional do PSDB também
cobrou propina para abreviar as investigações.
Veja alguns trechos da delação:
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