Eduardo Cunha pede ao STF para paralisar investigação na Lava Jato
O pedido foi protocolado no dia 18 de dezembro no primeiro inquérito
contra o deputado, aberto em março e que já resultou numa denúncia da
Procuradoria Geral da República, que acusa o peemedebista de corrupção e
lavagem de dinheiro. Segundo a acusação, ele teria recebido US$ 5
milhões desviados de contrato da Petrobras com a Samsung Heavy
Industries.
O
documento é uma resposta que contesta tais acusações e serve para
embasar decisão a ser tomada neste ano pelo plenário do STF para aceitar
ou rejeitar a denúncia, isto é, se Cunha passará ou não a ser réu e
responder a um processo penal.
A defesa alega que as investigações devem parar até que termine o
mandato de Cunha como presidente da Câmara, no início de 2017. Argumenta
que, assim como o presidente da República, o presidente da Câmara — por
ser o terceiro na linha sucessória — não pode ser “responsabilizado”
por atos estranhos ao exercício das suas funções, isto é, por
atribuições de seu mandato de deputado ou do cargo de presidente da
Câmara.
Além dessa investigação, Cunha também é alvo de um segundo inquérito
sobre contas na Suíça em seu nome, de sua mulher e de uma filha. Ainda
no final do ano passado, a defesa do peemedebista apresentou outro
pedido no STF para evitar que ele seja afastado do cargo por conta dessa
investigação.
Posteriormente, a PGR veio a pedir ao STF o afastamento sob o
argumento de que Cunha usa de seu poder para atrapalhar as
investigações.
Na peça contra o afastamento, Cunha acusa seus adversários de tentarem usar o órgão “como instrumento de uma disputa política”.
“A despeito de confiar em uma avaliação isenta dos fatos pelo
Procurador-Geral República, que se não foi, certamente será
indevidamente demandado pelos adversários políticos do peticionante a
requer um absurdo e infundado pedido de seu afastamento da Presidência
da Câmara dos Deputados”, diz o texto.
Ele diz considerar “absolutamente necessário e fundamental” informar
os ministros do STF sobre diversas iniciativas de adversários. Menciona,
por exemplo, acusações de que teria usado o cargo para coagir
testemunhas da Operação Lava Jato e que recentemente fez o mesmo para
impedir o andamento de processo que pode cassar seu mandato no Conselho
de Ética. Cunha também classifica o pedido de afastamento como
“verdadeira aventura jurídica”.
G1

Nenhum comentário:
Postar um comentário