Campanha do ex-presidente Lula em 2006 teve propina, diz Nestor Cerveró
Cerveró alega que obteve a informação de
Manuel Domingos Vicente, então presidente do conselho de administração
da estatal angolana e atualmente vice-presidente daquele país.
Por: Blog do Gordinho
Documento
elaborado pela defesa de Nestor Cerveró, ex-diretor da área
internacional da Petrobras, afirma que a campanha do ex-presidente Lula à
reeleição, em 2006, recebeu propina da Sonangol (estatal angolana de
petróleo) de até R$ 50 milhões. A declaração, obtida pelo jornal Valor Econômico, foi feita antes do acordo de delação premiada, assinado em novembro passado com o Ministério Público Federal.
Cerveró alega que obteve a informação de Manuel Domingos Vicente,
então presidente do conselho de administração da estatal angolana e
atualmente vice-presidente daquele país.
‘Manoel (sic) Vicente foi explícito em afirmar que desses US$ 300
milhões pagos pela Petrobras a Sonangol, companhia estatal de petróleo
de Angola, retornaram ao Brasil como propina para financiamento da
campanha presidencial do PT valores entre R$ 40 milhões e R$ 50
milhões”.
O ex-diretor da Petrobras ressalta que naquela época “houve uma
oferta internacional de Angola, de venda de blocos de exploração em
águas profundas, como se fosse um grande leilão”.
Nestor Cerveró ainda explica que “a referida negociação foi conduzida
pelos altos escalões do governo brasileiro e angolano, sendo o
representante brasileiro o ministro da Fazenda [Antonio] Palocci”. Por
meio de sua assessoria, Palocci negou “participação em qualquer
‘tratativa política’ do tema”. O ex-ministro ainda ressaltou que
“desconhece o objeto das supostas negociações referidas, aliás
competência exclusiva da Petrobras e de suas áreas técnicas”.
O Instituto Lula afirmou que não comentaria “supostas delações,
quanto mais supostos acordos de delação, vazados de forma seletiva,
parcial e provavelmente ilegal, que alimentam um mercado de busca por
benefícios penais e manchetes sensacionalistas”.
UOL
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