Criado para americanas, biquíni 'levanta bumbum' ganha as brasileiras
| Eduardo Anizelli/Folhapress | ||
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Começou com famosas estampadas em sites de celebridades. Causou algum
estranhamento no começo, mas se espalhou e caiu no gosto –quase– geral.
Agora, se cumprir o que promete ao se popularizar, um pequenino pedaço
de pano fará deste o "verão do bumbum empinado".
Lojistas e até vendedores de praia no litoral norte –espécie de
termômetros da popularização da peça– são unânimes: o biquíni "levanta
bumbum" é, de longe, o mais procurado neste ano. Ao que parece, as peças
maiores que chegaram com força nos últimos verões ficaram mesmo para
trás. A hora agora é do também conhecido por "empina bumbum", "coração",
"borboleta" ou "ripple", o nome original –ondulação, em inglês.
"Ai, mas isso é tão 2012", dirá a leitora/banhista mais antenada nas
oscilações da moda verão. E é mesmo. Mas também será "tão 2016", logo,
logo. "Algumas tendências demoram um pouco para ser tornarem populares",
diz Paula Hermanny, designer e criadora do "ripple".
O efeito que lhe confere tamanha aceitação é conseguido com uma costura
na parte de trás, bem no meio da calcinha, que deixa o tecido franzido, e
também pelas laterais onduladas, responsáveis por criar a impressão "up
and away" ("para o alto e avante") do modelo.
Avener Prado/Folhapress
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"Por ser uma peça que veste muito bem e valoriza o corpo da mulher, se
popularizou", diz Paula, cuja marca de biquínis, a Vix, bombou tanto a
ponto de conquistar famosas como Jennifer Aniston, Kate Moss, a duquesa
de Cambridge Kate Middleton e sua irmã Pippa.
Desnecessário dizer qual a importância da promessa. "Claro que o bumbum
[empinado] é muito mais importante que ter peito grande para a
brasileira", diz a estudante Telma Teixeira, 21, referindo-se à inversão
de prioridades em relação a países como os Estados Unidos –e que aderiu
ao modelo neste ano.
AMERICANAS
Engraçado, porém, que criado por uma brasileira, esse modelo de biquíni
tenha primeiro conquistado justamente elas, as americanas. "Criei em
2009 para o mercado dos EUA. Foi inspirado nas modelagens de lingerie
que não marcam o bumbum, afirma Paula. "Não faz milagre, mas que ajuda,
isso ajuda", diz Marina Lopes, 35, vendedora de biquínis nas areias de
Maresias, em São Sebastião (SP).
Nas lojas, o modelo disponível em diversas marcas pode chegar a até cerca de R$ 300. Ali, com Marina, sai mais em conta, R$ 70.
Do extenso mostruário exposto em uma arara, que ela carrega pela praia,
nada chama mais atenção. Os que mais têm se aproximado são de crochê e
os de tricô, diz Marina.
Telma usa os três. E para quem não precisa ou não quer levantar nada?
Paula, a criadora, garante que a modelagem favorece a todos os tipos de
silhueta. Já Marina responde rápido como toda boa vendedora: "Não tem
problema, de qualquer jeito vai cair bem", afirma, tentando convencer
uma cliente.


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