Mídia nacional diz que Ricardo Coutinho ameaça romper com Dilma
“Sou aliado de primeira hora da presidente, mas não sou subserviente. Não aceito este tipo de tratamento”, avisou Coutinho.
Por: Blog do Gordinho
O
jornalista Leonel Rocha, que assina uma coluna no site Congresso em
Foco, afirmou nesta quarta-feira (6) que o governador Ricardo Coutinho
(PSB) ameaçou romper politicamente com a presidente Dilma Rousseff (PT).
O recado teria sido dado durante um telefonema do socialista ao
ministro chefe da Casa Civil, Jaques Wagner.
O chefe do executivo estadual reclamou da possível transferência do
envio de combustíveis pela Petrobras diretamente ao Porto de Cabedelo,
na região metropolitana de João Pessoa, para o porto de Suape, em
Pernambuco. A conversa foi dura. “Sou aliado de primeira hora da
presidente, mas não sou subserviente. Não aceito este tipo de
tratamento”, avisou Coutinho.
O secretário de Comunicação Institucional da Paraíba, Luís Tôrres,
confirmou a ligação do governador ao auxiliar da presidente Dilma
Rousseff.
“O governador deixou claro que não vai aceitar, nem ficar calado, sem
toma providências em relação ao processo de desativação. O Porto de
Cabedelo dá a garantia e segurança das necessidades e estruturas no
transporte, carga e descarga dos combustíveis que circulam na Paraíba,
não tem como aceitar um processo desse, não há justificativa plausível
para essa retirada”, disse.
Leia o texto na íntegra:
Líder do movimento dos governadores contra o impeachment da
presidente Dilma Rousseff, o governador da Paraíba, Ricardo Coutinho, do
PSB, ameaçou romper com o Palácio do Planalto. O recado foi passado
nesta quarta-feira (6) em telefonema ao ministro chefe da Casa Civil,
Jaques Wagner. O motivo é a transferência do envio de combustíveis pela
Petrobras diretamente ao Porto de Cabedelo, na região metropolitana de
João Pessoa, para o porto de Suape, em Pernambuco. A conversa foi dura.
“Sou aliado de primeira hora da presidente, mas não sou subserviente.
Não aceito este tipo de tratamento”, avisou Coutinho.
A Paraíba necessita de pelo menos 60 toneladas de derivados de
petróleo por mês para o abastecimento da capital e do interior. Mas em
dezembro só chegou metade. Já há postos fechados na capital por falta de
gasolina, etanol e diesel. No interior do estado o litro da gasolina
chega a ser vendido por R$ 10 no mercado negro. Nesta quarta-feira o
governador despachou a presidente da Companhia Docas do Estado, Gilmara
Timóteo, e o secretário de Desenvolvimento Econômico, Wilber Jácome,
para uma audiência com a diretoria da Petrobras no Rio de Janeiro para
tentar evitar que os combustíveis da Paraíba cheguem pelo porto de
Pernambuco. De Suape, os combustíveis seriam levados para o Pessoa por
200 caminhões tanque. Coutinho também pressiona a Agência Nacional do
Petróleo (ANP) para suspender a transferência.
Segundo a assessoria do governo da Paraíba, no ano passado a
Petrobras tentou transferir a chegada dos derivados de petróleo de
Cabedelo para Suape, mas a mudança não se concretizou por pressão de
Coutinho. Agora, o governador foi informado pela companhia que novamente
a estatal quer fazer a mudança este ano. O governador também está
irritado com o atraso na chegada de repasses de dinheiro do governo
federal para as campanhas de combate ao mosquito aedes egypti que
transmite o vírus da dengue, chikungunya e zica.
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