DILMA JOGOU A TOALHA, MAS TEMER E MINISTROS TENTARAM REVERTER
Impasse provocou a decisão da Carta-Renúncia cuja minuta já estaria redigida pela presidente
A presidente Dilma Roussef (PT) passou a trabalhar na minuta da
carta-renúncia na última terça-feira (4), ao perceber a incapacidade do
governo de impedir derrotas no plenário da Câmara, na chamada
“pauta-bomba” e na votação do seu próprio impeachment. A decisão
surpreendeu os dois ministros (Aloízio Mercadantes, Casa Civil, e
Cardozo, Justiça) solicitados a ajudá-la no texto, que lhe pediram uma
chance de reverter a crise. Chamaram o vice-presidente Michel Temer
(PMDB), como sempre. O grupo dividiu tarefas e na quarta-feira (5)
iniciou um esforço para tentar reverter o quadro.
Sentindo-se pressionado a mostrar que não conspira pela saída de Dilma,
Michel Temer fez um apelo tão apressado quanto dramático à “união”. O
apelo de Michel Temer à oposição de unir forças “para superar a crise”
já fazia parte do script, mas quando a renúncia fosse confirmada. O
ministro Aloízio Mercadante (Casa Civil) fez uma visita à Câmara, que
tanto hostiliza, para tentar “abrir o diálogo”. Foi ignorado.
Veja o apelo dramático feito pelo vice-presidente, no meio da semana:
Veja o apelo dramático feito pelo vice-presidente, no meio da semana:
Temer e ministros de revezaram em ligações a donos de grandes redes de
TV e jornais pedindo apoio à tese de “união para superar a crise”.
Cláudio Humberto
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