“Ninguém está acima da lei”, diz Cássio ao rebater Dilma Rousseff
“Ninguém
está acima da lei. Em uma República, a lei serve para o mais humilde
trabalhador rural até a presidente da República, Dilma Rousseff. Não há
ninguém que esteja imune à investigação e tampouco blindado de
investigação”.
Foi assim que o líder do PSDB no Senado,
Cássio Cunha Lima (PB), respondeu às críticas feitas pela presidente
Dilma Roussseff, nesta quinta-feira (09), em Ufá, na Rússia, de que a
oposição é “golpista”. O senador disse que o governo tenta desviar a
atenção dos reais problemas do país, como a corrupção, os juros altos e o
excesso de gastos públicos, utilizando o discurso do golpe.
“O
governo tenta fazer o desvio dos reais problemas do Brasil com esse
discurso insustentável, fictício, de que nós da oposição brasileira
queremos pregar o golpe. Nós não estamos pregando o golpe, porque o
golpe já foi dado. O golpe foi dado pela presidente Dilma Rousseff, do
PT, quando enganou o povo brasileiro, quando mentiu à nação. O golpe já
foi dado com uma verdadeira quadrilha, aparelhando o estado brasileiro e
roubando esta nação todos os dias”, afirmou Cássio.
Todos são iguais
Cássio
disse que o PSDB tem pedido, em nome do povo brasileiro, que as
investigações que estão em curso contra a presidente Dilma Rousseff no
Tribunal Superior Eleitoral, no Tribunal de Contas da União e no
Ministério Público Federal tenham sequência.
“Se ela for
culpada, que ela responda pelos seus atos; se ela não for culpada, as
instituições vão dizer que ela não tem responsabilidade por aquilo. Se o
mandato da presidente for cassado será possível encontrar a melhor
saída para a concertação de que o país precisa, que é a realização de
novas eleições, mas sempre em respeito à Constituição e às regras
democráticas”, lembrou.
Trabalhador paga a conta
O líder comentou que o governo continua a adotar medidas que prejudicam o trabalhador brasileiro.
“O
trabalhador tem que pagar uma conta que não é sua. As pessoas
trabalham, suam a camisa, contribuem para a Previdência, se aposentam,
por exemplo, com um teto de dez salários mínimos, e com pouco tempo, o
que eram dez salários mínimos viram oito, viram sete, viram seis, viram
cinco, viram quatro, dois, um, porque não havia uma política clara nesse
sentido. Não foram os aposentados, não foram os trabalhadores, não
foram os empresários, os servidores públicos que empurraram o Brasil
para a crise recessiva que o país vive. Não foi nossa sociedade que
aparelhou o Estado brasileiro para absorver um projeto político e fazer,
desse projeto político, algo que não tem limites”, lamentou.
‘A banalização do uso da palavra golpe’
Cássio
Cunha Lima leu, na tribuna, o editorial “A banalização do uso da
palavra golpe”, publicado nesta quinta (09), no jornal O Globo. Para
ele, o editorial fortalece o raciocínio do PSDB.
“Em
nenhum momento houve prejulgamento de ninguém. O que nós defendemos é
uma investigação séria, célere e transparente sobre um conjunto de
desmandos. A presidente da República não responde apenas perante o
Tribunal Superior Eleitoral; ela não está apenas sendo questionada no
Tribunal de Contas da União. Ela também responde a representações que
foram encaminhadas à Procuradoria Geral da República, num conjunto de
esclarecimentos que ela tem a obrigação de prestar à sociedade
brasileira”, destacou.
MaisPB
Nenhum comentário:
Postar um comentário