CONHEÇA A HISTÓRIA DE SÃO JOÃO
Noite de São João, celebrada em 23 de junho, véspera da data de nascimento
de São João que, em vida, foi um pregador austero e de moral rigorosa. No
entanto, é honrado em festas alegres e dionisíacas, com muita comida, dança
e bebida. A data coincide com o solstício de verão no hemisfério norte. Desde
tempos remotos, camponeses de toda Europa comemoravam, acendendo fogueiras.
A tradição estendeu-se ao Brasil e outros países latino-americanos, coincidindo,
neste caso, com o solstício de inverno.
A fogueira, o banho de cheiro, a poesia simples das cantigas do povo, o gosto
bom da canjica, o perfume apetitoso das rosquinhas e dos bolos, as sortes,
todo um mundo de esperanças, era assim que se festejava São João, sem dúvida
a mais antiga e a mais brasileira das festas.
São João é o mais comemorado entre todos, especialmente, na zona rural, quando
em sua honra as festas contam com comidas especiais à base de milho como canjica
e pamonha, por exemplo. A música geralmente utilizando a sanfona é própria
para a ocasião, são queimadas fogueiras e usadas roupas típicas para a dança
da quadrilha. Entre as brincadeiras destacam-se a pescaria, leitura da sorte,
rifas e leilões.
João Batista era primo de Jesus e teve o privilégio de batizá-lo. Filho de Isabel, esposa de Zacarias
e prima de Maria, mãe de Jesus. Segundo a tradição, por milagre de Deus, Isabel
de Zacarias geraram um filho, quando, pela idade, já nem pensavam mais que
isto acontecesse. Para a Igreja Católica, a vinda deste filho teve um significado
maior, o de preparar a vinda de Cristo. O João, como foi chamado, não só anunciou
e preparou a vinda do Messias, mas o batizou nas águas do rio Jordão.
No Nordeste do País, existem muitas festas em homenagem a São João, que também
é conhecido como protetor dos casados e enfermos, principalmente no que se
refere a dores de cabeça e de garganta.
Alguns símbolos são conhecidos por remeterem ao nascimento de São João, como
a fogueira, o mastro, os fogos, a capelinha, a palha e o manjericão.
Existe uma lenda que diz que os fogos de artifício soltados no dia 24 são
"para acordar São João". A tradição acrescenta que ele adormece
no seu dia, pois, se ficasse acordado vendo as fogueiras que são acesas em
sua homenagem, não resistiria e desceria à terra.
Filho dos personagens bíblicos Isabel e Zacarias, João Batista batizou Jesus
Cristo com as águas do Jordão, rio que hoje é fronteira natural entre Israel
e Jordânia e entre este país e a Cisjordânia. Diz o capítulo 1 do Evangelho
de São Lucas que Isabel era prima da mãe de Jesus, Maria, o que tornava João
primo em segundo grau de Cristo.
A Bíblia conta que Isabel além de prima era muito amiga de Maria e elas tinham o costume de se visitarem. Numa dessas ocasiões, já grávida, "quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo" (Lc 1,41). Ainda no ventre da mãe, João se reverencia e reconhece a presença do Cristo Jesus. Na despedida, as primas combinam que o nascimento de João seria sinalizado com uma fogueira, para que Maria pudesse ir ajudar a prima depois do parto.
Desta forma os evangelistas apresentam com todo rigor a figura de João como precursor do Messias, cujo dia do nascimento é também chamado de "Aurora da Salvação". Ele era um filho muito desejado por seus pais, Isabel e Zacarias, ela estéril e ele mudo, ambos de estirpe sacerdotal e já com idade bem avançada. Isabel haveria de dar à luz um menino, o qual deveria receber o nome de João, que significa "Deus é propício". Assim foi avisado Zacarias pelo Anjo Gabriel que o visitou anunciando a chegada do tão esperado herdeiro.
Conforme a indicação de Lucas, Isabel estava no sexto mês do nascimento de João, que foi fixado pela Igreja três meses após a Anunciação de Maria e seis meses antes do Natal de Jesus. O sobrinho da Virgem Maria foi o último profeta e o primeiro apóstolo. Com palavras firmes, pregava a conversão e a necessidade do batismo de penitência. Anunciava a vinda do Messias prometido e esperado. Sua originalidade era o convite a receber a ablução com água no rio Jordão, prática chamada batismo. Daí o seu apelido de Batista.
João Batista é descrito na Bíblia como pessoa solitária, que vivia no deserto
e comia gafanhotos e mel. O caminho desse homem estranho e recluso, mas profeta
de grande popularidade, cruzou com o da família real da época, a do rei Herodes
Antipas, da Galiléia. João condenou publicamente o fato de o rei ser amante
da própria cunhada, Herodíades, viúva de Felipe. Conta São Marcos (cap. 6,
vers. 17-28) que Salomé, filha de Herodíades, dançou tão bonito diante de
Herodes que este lhe prometeu o presente que quisesse. A mãe de Salomé aproveitou
a oportunidade para se vingar: anunciou que o presente seria a cabeça de João
Batista, que já estava preso. O presente tétrico foi trazido sobre uma bandeja.
Fonte: www.virtual.epm.br/www.pastoraldapessoaidosa.org.br

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