Pastor divulga funk que identifica criminosos e é assassinado na Paraíba, afirma delegado
Um
funk que fazia apologia ao crime e a repressão ao tráfico de drogas
foram dois pontos principais para uma quadrilha assassinar Antônio Pinto
Barbalho, que era pastor e vice-diretor de uma escola estadual. O crime
ocorreu em dezembro de 2014, no município de Mamanguape (Litoral Norte
do estado, a 62 km de João Pessoa. O grupo responsável pelo homicídio e
outros delitos foi preso nesta quinta-feira (23), durante a ‘Operação
‘Sócrates’ comandada pela Polícia Civil, com apoio da Polícia Militar.
Barbalho foi morto com tiros e facadas de uma escola onde trabalhava.
Sete foram presos.
De acordo com o delegado de Mamanguape, Marcos Paulo, foram dois meses
de investigações para a Polícia Civil identificar o grupo criminoso que
vinha agindo no Litoral Norte do estado. Após a prisão de Wellington do
Rego dos Santos, 25 anos, o assassinato do pastor foi desvendado. Ele
foi um dos que efetuaram tiros contra a vítima.
Operação comandada pela Polícia Civil
“O ponto crucial para a morte do vice-diretor foi a divulgação em uma
emissora de Mamanguape de um funk onde a música fazia apologia ao crime e
citava os nomes de criminosos da região. A quadrilha entendeu que foi o
pastor que teria denunciado a existência da letra e enviado para a
imprensa. Após a divulgação, o pastor foi morto. Wellington do Rego e
Carlos Alexandre mataram Antônio Pinto ”, falou o delegado.
Ainda segundo a autoridade policial, as ações de combate ao tráfico no
distrito de Pitanga da Estrada contribuíram para o homicídio. “Os
traficantes entenderam que o pastor estava prejudicando a expansão do
tráfico devido às ações de repressão que ele vinha desenvolvendo na
comunidade. Esse foi outro ponto para a execução de Antônio Pinto”,
disse.
Para o delegado, a desarticulação da quadrilha contribuiu para evitar
que seis pessoas fossem mortas pelo grupo. “Conseguimos evitar seis
homicídios que seriam praticados pelo bando. A operação foi um sucesso.
Sete presos e falta apenas o chefe da quadrilha, mas vamos o prender em
breve”, avisou. Os presos foram levados para a Central de Polícia Civil
de João Pessoa onde serão interrogados e transferidos para os presídios
da Capital.
Portal do Litoral PB
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