23 DE ABRIL: DIA DO NASCIMENTO DE PIXINGUINHA

O Dia
Nacional do Choro é
comemorado em 23 de abril, em homenagem à data de nascimento de Pixinguinha,
uma das figuras exponenciais da música popular brasileira, e em especial do
choro.
Em
2004, eventos lembraram a data em várias cidades do Brasil: Rio de Janeiro,
São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Juiz de Fora,
Niterói, Santos, São João do Meriti, Uberaba e Uberlândia, São José dos Campos,
para citar algumas. Até no exterior, na França e no Japão, o Dia Nacional
do Choro foi comemorado.
O choro
O
choro entra na cena musical brasileira em meados e finais do século 19, e
nesse período se destacam Callado, Anacleto de Medeiros, Chiquinha Gonzaga
e Ernesto Nazareth. Inicialmente, o gênero mesclava elementos da música africana
e européia e era executado principalmente por funcionários públicos, instrumentistas
das bandas militares e operários têxteis. Segundo José Ramos Tinhorão, o termo
choro resultaria dos sons plangentes, graves (baixaria) das modulações que
os violonistas exercitavam a partir das passagens de polcas que lhes transmitiam
os cavaquinistas, que induziam a uma sensação de melancolia.
O
século 20 traria uma grande leva de chorões, compositores, instrumentistas,
arranjadores, e entre eles, com destaque, Pixinguinha.
Pixinguinha
Alfredo
da Rocha Vianna Júnior nasceu em 23 de abril de 1887. Cedo dedicou-se à música
e deixou um legado de inúmeros clássicos, arranjos e interpretações magistrais,
como flautista e saxofonista. Carinhoso, Lamento, Rosa, 1 x 0, Ainda Me Recordo,
Proezas de Solon, Naquele Tempo, Vou Vivendo, Abraçando Jacaré, Os Oito Batutas,
Sofres Porque Queres, Fala Baixinho, Ingênuo, estão entre algumas de suas
principais composições.
O
apelido Pixinguinha veio da união de pizindim – menino bom – como
sua avó o chamava, e bexiguento, por ter contraído a varíola, que lhe marcou
o semblante. Mário de Andrade registrou a presença do mestre na cena carioca,
criando em seu livro “Macunaíma”, um personagem: “um negrão
filho de Ogum, bexiguento e fadista de profissão” (Andrade, 1988). A
passagem se dá quando o “herói sem nenhum caráter” freqüenta uma
“macumba” em casa de tia Ciata. A caracterização de Mário de Andrade
ficou difundida com a biografia de Pixinguinha elaborada por Marilia T. Barboza
da Silva e Arthur L. de Oliveira Filho: “Filho de Ogum Bexiguento”
(Rio de Janeiro, FUNARTE, 1979).
Fonte:
www.cecac.org.br

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