Fala de Dilma deveria ter pedido de desculpas, diz Aécio Neves

Em nota postada no Facebook pouco depois do pronunciamento, Aécio
afirmou que “novamente, a presidente Dilma Rousseff falta com a verdade
ao se dirigir aos brasileiros”. “Inventa bodes expiatórios, terceiriza
responsabilidades que são exclusivamente do governo dela e fornece um
enredo irreal à população”, afirmou.
Segundo Aécio, Dilma poderia ter usado o espaço para assumir “suas
responsabilidades” e pedir desculpas aos brasileiros, mas não o fez. “A
presidente pede a união dos brasileiros. Mas apenas quem é capaz de
admitir seus erros, buscar o diálogo e respeitar as diferenças, é capaz
de apontar novos caminhos e liderar um consenso. Não é o caso da
presidente, como se ainda houvesse dúvida, o pronunciamento desta noite
demonstrou. Nem uma autocrítica, nem um pedido de desculpas”, disse.
Sem fazer referência diretas às manifestações que foram registradas,
Aécio disse que “os brasileiros percebem, mais uma vez, o abismo que
separa a realidade pintada no pronunciamento oficial e aquela vivida nas
ruas e cidades do nosso país”.
O senador aproveitou para rebater algumas declarações de Dilma
relacionadas à política econômica do governo e citou os escândalos de
corrupção envolvendo a Petrobrás.
“O pronunciamento desta noite deveria servir para que a presidente,
finalmente, assumisse suas responsabilidades em relação às políticas
fracassadas que levaram o país à situação atual, com recessão econômica,
corte de empregos, disparada da inflação e uma profunda incapacidade
manifestada pelo Estado para fazer frente à crise. Isto no campo
econômico”, disse. “No campo ético, o que assistimos é a revelação de um
monstruoso esquema criminoso montado a partir da Petrobras”, afirmou.
Pronunciamento
Durante sua fala, Dilma dedicou a maior parte do tempo para
justificar o ajuste fiscal. O escândalo das suspeitas de corrupção na
Petrobras, que vem monopolizando o noticiário, foi mencionado
rapidamente e apenas no fim de sua fala. Ela frisou que a investigação
das denúncias de corrupção na estatal é “ampla, livre e rigorosa”.
Terra
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