Dois paraibanos marcam relação dos envolvidos no esquema Lava Jato

Dois
paraibanos (o senador Lindbergh Farias e o deputado Aguinaldo Almeida),
uma bancada inteira do PP e os principais caciques do PMDB são os
destaques na relação que o Supremo Tribunal Federal liberou, na noite
desta sexta (dia 6), dos envolvidos no esquema da Petrobrás. Os nomes
foram apontados pelo procurador-geral Rodrigo Janot.
Ao autorizar a
abertura de inquérito para apurar os 47 suspeitos, o ministro Teori
Zavascki também determinou a quebra do segredo de justiça, para iniciar
os procedimentos de investigação dos envolvidos de participação no
esquema de corrupção na Petrobras revelado pela Operação Lava Jato, um
dos maiores escândalos da história do País.
O senador Lindbergh
não quis se manifestar, após a oficialização de seu nome. Ele foi
acusado de receber R$ 2 milhões do ex-diretor da Petrobrás, Paulo
Roberto Costa, para sua campanha a governador do Rio de Janeiro, ano
passado. Como se sabe, Lindbergh não teve apoio do Palácio do Planalto e
terminou em terceiro na disputa.
Aguinaldo foi apontado pelo
doleiro Alberto Youssef, como um dos “mensalistas”. Ele foi acusado de
receber mensalmente valores entre R$ 30 mil e R$ 150 mil do esquema
fraudulento montado dentro da Petrobrás. Após a divulgação da lista,
Ribeiro disse “estar tranquilo” e que espera pelo andamento das
investigações.
Responsabilidade – O ministro
Zavascki afirmou que a abertura de investigação não representa juízo
pré-julgamento de culpa, especialmente nos indícios obtidos com base em
delação premiada: “Tais depoimentos não constituem, por si sós, meio de
prova, até porque, segundo disposição normativa expressa, nenhuma
sentença condenatória será proferida com fundamento apenas nas
declarações de agente colaborador.”
Helder Moura