Após briga em CPI, deputado é acionado por quebra de decoro
O
PMDB entrou com uma representação contra o deputado Edmilson Rodrigues
(PSOL-PA) por quebra de decoro parlamentar após o bate-boca entre o
parlamentar paraense e o presidente da CPI da Petrobras, Hugo Motta
(PMDB-PB) na última quinta-feira (5).
O embate entre os parlamentares começou depois que Motta anunciou que
criaria quatro sub-relatorias para conduzir as investigações.
A representação foi apresentada pelo deputado Daniel Vilela (PMDB-GO) e
outros integrantes do partido. O pedido foi recebido pelo presidente da
Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), e repassada para a Corregedoria da
Câmara, que vai analisar se o caso justifica a quebra de decoro.
Em nota oficial, o deputado paraense disse que recebeu a notícia da
representação com muita indignação. Para o parlamentar esta é uma
tentativa da Cúpula da Câmara de calar o nosso partido diante de nossa
intransigência em defesa da ética. O deputado diz ainda que não houve
quebra de decoro.
Vários deputados tentavam pedir a palavra enquanto os microfones estavam
desligados. Disse, então ao presidente, “não amoleque esta CPI”. O que
houve foi um desrespeito do presidente com os deputados membros da CPI. O
que há por trás desta atitude autoritária do presidente é inviabilizar a
investigação de forma rigorosa, como pretendemos, rebateu.
Edmilson disse ainda que o PMDB tenta intimidar o PSOL com a
representação. "Seguiremos nesta CPI e na Câmara atuando para que as
investigações sejam rigorosas", finalizou. Leia a nota na integra:
“Não iremos recuar”, afirma deputado Edmilson Rodrigues (PSOL/PA) em resposta à representação do PMDB
É com muita indignação que recebemos a notícia, nesta tarde (6/3), de
que o PMDB entrou com representação na Corregedoria da Câmara por quebra
de decoro parlamentar contra mim e meu companheiro, o deputado Ivan
Valente (PSOL/SP). Esta é uma tentativa da Cúpula da Câmara de calar o
nosso partido diante de nossa intransigência em defesa da ética. Está é
uma ação defensiva de quem tem que se explicar; uma atitude desesperada
daqueles suspeitos de participação nos ilícitos da Lava Jato, como já
vem sendo denunciado pela imprensa.
O que houve ontem (5/3) na CPI foi uma reação legítima frente a postura
autoritária do presidente, o deputado Hugo Motta (PMDB/PB), que
desrespeitou o regimento. Nosso dever enquanto parlamentares membros da
CPI era de exigir que ele fosse cumprido e que as indicações das
subrelatorias fossem discutidas em plenário. Nós, deputados do PSOL,
ficamos de fora dessa decisão frente o autoritarismo de Hugo Motta.
Não houve quebra de decoro. Vários deputados tentavam pedir a palavra
enquanto os microfones estavam desligados. Disse, então ao presidente,
“não amoleque esta CPI”. O que houve foi um desrespeito do presidente
com os deputados membros da CPI. O que há por trás desta atitude
autoritária do presidente é inviabilizar a investigação de forma
rigorosa, como pretendemos.
Nosso papel, parlamentares do PSOL nesta CPI, é de investigar empresas
corruptoras e corruptores com elas envolvidos com toda rigorosidade que
o povo brasileiro exige e merece. Essa representação do PMDB é uma
tentativa de intimidar o nosso partido e não prosperará. Seguiremos
nesta CPI e na Câmara atuando para que as investigações sejam rigorosas.
Com informações de O Impacto/PB Agora
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