Procurador recomenda ao STF arquivar investigação contra Aécio
Por: Ilana Almeida
O
procurador-geral da República, Rodrigo Janot, encaminhou ao Supremo
Tribunal Federal (STF) pedido de arquivamento de investigação contra o
senador Aécio Neves (PSDB-MG), presidente nacional do PSDB. O nome de
Aécio integra a lista de autoridades que o chefe do Ministério Público Federal diz não ter encontrado indícios suficientes de participação no escândalo do petrolão.
Durante acordos de delação premiada, o tucano foi citado de forma
genérica e sem a apresentação de indícios mínimos, segundo avaliação de
Janot. Em um dos casos, o doleiro Alberto Yousseff disse que uma
construtora teria pressionado o tucano a conter os trabalhos da CPI da
Petrobras instalada no Congresso no ano passado. Outra menção faz
referência a um possível envolvimento de uma empresa estatal mineira, na
época em que Aécio era governador, com a empresa de fachada MO
Consultoria, vinculada a Youssef. Em ambos os casos, Janot considerou
não haver indícios sequer para pedir o prosseguimento das investigações.
Na noite desta terça-feira, Rodrigo Janot encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) 28 pedidos de investigação
contra 54 pessoas, incluindo parlamentares suspeitos de terem recebido
propina no escândalo do petrolão e autoridades sem direito a foro
privilegiado. Houve sete pedidos de arquivamento, entre eles o do
senador Aécio Neves. Os nomes dos presidentes do Senado, Renan Calheiros
(PMDB-AL), e da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), estão entre as
autoridades alvos de pedidos de abertura inquérito pelo chefe do
Ministério Público.
Apesar dos pedidos, a identidade da maior parte dos deputados e
senadores apontados como beneficiários do petrolão ainda é mantida em
sigilo. O relator do caso no STF, ministro Teori Zavascki, pretende nos
próximos dias dar ampla publicidade aos nomes das autoridades
investigadas, determinando que fiquem em segredo apenas situações que
possam atrapalhar o andamento das apurações – como quebras de sigilo,
grampos telefônicos e buscas e apreensões.
Veja
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