Em Tabira, vereadores continuam produzindo notícias sobre investigações que não levam a lugar algum
Na
foto de arquivo, a escada na frente parece sugerir que a casa precisa
subir o nível das discussões. Vereadores agora prometem investigações
mais severas e menos políticas da utilização do dinheiro público.
Por Nill Júnior
Poucas Câmaras de Vereadores no Estado
geram tanta desconfiança da opinião pública como a de Tabira no Pajeú.
Debates intermináveis de nível questionável, posicionamentos mais
parciais que técnicos, vereador ocupando mais as páginas policiais do
que de política, acusação de bens da casa como veículos utilizados para
finalidades nada condizentes com o seu verdadeiro papel.
Para tristeza do bom povo de Tabira,
essa é a imagem da casa que acaba sendo mais evidenciada. Nas últimas
horas, mais duas informações circulam na imprensa, a partir de relatos
de vereadores à Cidade FM, no programa Cidade Alerta, com Anchieta
Santos. Os nomes envolvidos prometem que agora a história da Casa vai
mudar…
Vereador promete que investigação não acabará em Pizza : Integrante
da Comissão Especial da Câmara de Tabira, criada para investigar as
licitações para compra de medicamentos pela Prefeitura de Tabira, o
vereador Djalma das Almofadas disse ontem a Rádio Cidade FM, que ao
contrário de outras Comissões, esta não terminará em Pizza. De acordo
com Djalma a Comissão levará 40 dias no máximo para apresentar
resultados. O vereador ainda reclamou que a justificativa do governo
tabirense de que o Projeto para o Curral do Gado teria sido paralisado
ao atingir 95%, por abandono do engenheiro não convenceu. E disse que
tudo não passa da falta de compromisso da administração.
Em Tabira Vereador protocola pedido para criar CPI do prédio da ESMAR: O
vereador Edmundo Barros (PMDB) protocolou na noite de ontem terça-feira
(24) na Secretaria-Geral da Câmara pedido para que seja criada uma CPI
do prédio da Escola Maurício Ricardo Pereira de Vasconcelos.
O requerimento contou com o apoio dos
onze vereadores.De acordo com o autor da proposta, a Câmara Municipal
tem que investigar os atos oficiais e não pode deixar o Município perder
o patrimônio. “Fui o presidente na época em que votamos uma Lei cedendo
o prédio por dez anos a escola e agora querem tomar o bem do município.
Eu me sinto, culpado por isso”, desabafou o parlamentar.
Sebastião Ribeiro (PSB) também
acompanhou o discurso do colega. “Quando o projeto chegou aqui em 2002
tinha os documentos dizendo que era patrimônio do município, aí depois
de dez anos os documentos desapareceram”, questionou. O prazo de
funcionamento do colegiado é de 60 dias, prorrogável por mais 60.
A CPI tem poderes de investigação
equiparados aos das autoridades judiciais, como determinar diligências,
ouvir indiciados, inquirir testemunhas, requisitar de órgãos e entidades
da administração pública informações e documentos, tomar depoimentos de
autoridades federais, estaduais e municipais, bem como requisitar os
serviços policiais.
Tabira Hoje
